sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Educação Ambiental e Adaptação



  Muitas instituições locais, onde se destacam as prefeituras e seus departamentos e órgãos, de administração direta e indireta, estão investindo em Educação Ambiental. Enfatizam a gestão interna dos recursos naturais, bem como promovem eventos locais para orientação e conscientização da população em geral sobre questões e problemas ambientais vividos no município, incorporando discussões sobre desenvolvimento sustentável.

 É hora de observar a necessidade de mudanças na direção do melhor conviver local com os novos climas e seus efeitos. A sustentabilidade que a Educação Ambiental tem como um objetivo, deve incluir necessariamente a Adaptação às Mudanças Climáticas, pois a não adaptação é a maior ameaça à sustentabilidade. Pense se as cidades americanas que já são alvo de "sunny-day flooding" não tomarem nenhuma providência para permanecerem confortavelmente habitáveis por décadas e décadas adiante. Pense em cidades autralianas já atingidas por efeitos das Mudanças Climáticas e que se prevê mais motivos para verem obstáculos à saudabilidade se trasnformarem em obstáculos à sustentabilidade. Pense na relação das autoridades locais com o fato que adaptation measures for future climate changes should consider the possibility of increased aridity and widespread drought in coming decades com impactos sobre a produção agropecuária nos municípios, sobre a vida nas cidades, etc.

   Daí a necessidade de, para a maioria dos governos municipais, assim como para os estaduais e governos nacionais, incluir com destaque o tema da Adaptação às Mudanças Climáticas nas ações de Educação Ambiental. Esta medida não é suficiente como esforço para Adaptação às Mudanças Climáticas, mas é necessária a uma pauta de ações de compromisso com o futuro. 

  A construção da consciência para a necessidade de medidas de adaptação ao Aquecimento Global tem diferentes dimensões de aplicação atinentes aos diversos setores da administração pública municipal e a educação ambiental é uma das medidas de fundamental importância ao processo de adaptação.

Recomenda-se que a Educação Ambiental, incluindo o tema Adaptação ao Aquecimento Global, seja continuada e reforçada, onde já ocorre e que seja iniciada nos municípios onde ainda não ocorre.

A inclusão explícita da necessidade de Adaptação ao Aquecimento Global na ações de Educação Ambiental e a grande importância que deve ser conferida a este tema nos governos municipais é uma das conclusões expostas em 7 Medidas de Adaptação Local ao Aquecimento Global.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Informação e Divulgação como Medida Local de Adaptação




As prefeituras e os órgãos de governos locais devem estar conscientes da existência do fenômeno Aquecimento Global e de que efeitos traz para as suas áreas geográficas de responsabilidade. Equivale a dizer que as pessoas que nelas trabalham, as que para elas trabalham, e todos os habitantes do município devem ter conhecimento dos efeitos do Aquecimento Global referentes às suas áreas de atividade e de interesse. É o primeiro passo para que os órgãos locais possam agir nos interesses dos munícipies.

Devem estar conscientes dos efeitos benéficos locais ocasionados por gastos com medidas locais de Adaptação (por exemplo, redução do risco de danos causados por chuvas torrenciais, suas enchentes e deslizamentos­). A cada dólar que custa ao governo local uma medida de Adaptação ela deve dar um retorno total superior ao dólar gasto. Devem os habitantes saber que os custos das medidas de Mitigação adotadas localmente produzem significativos para toda a humanidade, mas literalmente nulos a nivel local. Cada dólar que custa ao governo local uma medida de Mitigação deve dar como retorno total mais de um dólar. Este retorno vai para a toda a humanidade. É imperceptível, todavia, o retorno auferido no município por este dólar gasto. Mas a contribuição à humanidade é bom motivo para adoção de medidas de Mitigação. E, o município, por seu turno, será beneficiado pela soma dos dólares gastos por todas as medidas de Mitigação adotadas em todo o mundo. É esta soma que terá efeito benéfico, preservando a habitabilidade da Terra (sem o que não haverá governos municipais, nem munícipies).

É errônea a visão do público em geral e de muitos técnicos de outras áreas do conhecimento, mesmo nos países mais desenvolvidos, ao tratar as medidas de Mitigação como de efeito local, confundindo-as com as Medidas de Adaptação. É importante que haja a clara percepção das medidas adotadas, dos custos, muitas vezes pouco claros, dos benefícios e de que os os aufere. Para isto, recomenda-se o estabelecimento de um programa de divulgação nas administrações municipais, em todos os seus níveis, para a compreensão do Aquecimento Global, das ações de Mitigação, das ações de Adaptação e das que são conjuntamente de Adaptação e Mitigação, bem como dos níveis de prioridade que lhes devem ser atribuídos e de como os benefícios são distribuídos.

As ações de Adaptação devem, em princípio produzir um retorno maior do que o custo. O custo melhor a ser considerado é o da inação. Note-se que as ações de Adaptação são de âmbito local, assim como o são os custos e os retornos. Cabe, então, a máxima atenção das autoridades locais para com a questão da Adaptação,  sendo as questões de Mitigação próprias aos governos nacionais e a instituições internacionais.



domingo, 18 de dezembro de 2016

Adaptação aos efeitos do Aquecimento Global: cada vez mais necessária, cada vez mais difícil


Adaptação aos efeitos do Aquecimento Global vai se tornando  cada vez mais necessária, na medida em que os efeitos vão se tornando mais fortes.

Infelizmente, a Adaptação aos efeitos do Aquecimento Global vai se tornando cada vez mais difícil, na medida em que a diversidade biológica é, por vários caminhos e processos, uma arma da Adaptação que vai sendo enfraquecida . Quando se deixa diminuir a diversidade biológica se está deixando que a Adaptação tenha menos caminhos para serem explorados a seu favor.

A redução da diversidade biológica causada pelo Aquecimento Global pode ser combatida por medidas de Mitigação, aquelas medidas que tendem a reduzir os efeitos do Aquecimento reduzindo as causas do próprio Aquecimento.

Assim, atuar sobre o Aquecimento Global visando a manutenção da diversidade biológica é empreender medida de Mitigação que é conjuntamente medida de Adaptação. É uma afirmação válida para todas as latitudes, para todas as gerações humanas. Esta é uma questão universal.



Sobre a desgraça da perda da diversidade biológica que não é uma possibilidade remota, mas está ocorrendo de forma veloz, veja

http://edition.cnn.com/interactive/2016/12/specials/vanishing/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

7 Medidas de Adaptação Local ao Aquecimento Global

Sete recomendações resumem o conjunto das medidas de adaptação sugeridas para adoção por parte de autoridades locais, como governos municipais, em áreas fortemente atingidas pelos efeitos maléficos do Aquecimento Global. Estas resultam da pesquisa "Medidas de Adaptação Local ao Aquecimento Global", realizada por pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco, feita junto às prefeituras municipais das duas regiões equatoriais do Brasil, as regiões Norte e Nordeste, as quais abrangem cerca de dois terços da área total do país, de 8 e meio milhões de quilômetros quadrados (3 and half millions of square miles). Confira o Resumo Executivo.

1 Informação e divulgação como medidas de Adaptação Local

2 Educação Ambiental como medida de Adaptação Local

3 Planos Diretores Urbanos devem contemplar a Adaptação ao Aquecimento Global

4 Aquecimento Global: Condições Gerais de Adoção de Soluções Locais

5 Continuity as recomended-for-Adaptation
http://inovasmtp.blogspot.com.br/2017/01/continuity-as-recomended-for-adaptation.html

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Remédios Amargos, Curto Prazo, Longo Prazo, Adaptação

Ao se ter a atenção dirigida à Adaptação ao Aquecimento Global, deve-se levar em consideração que se trata de um esforço ciclópico, um esforço que compromete os recursos de um país, para evitar que o Aquecimento traga perdas ainda maiores
(Tão mais baixo o nível de renda e tão menor a capacidade de crescer o produto per capita, tão mais difícil a Adaptação ao Aquecimento Global, e, portanto, tão maiores as perdas que lhe são infligidas. É bom evitar ser um país submergente em termos de produto per capita).

Deve-se ter em conta de que a capacidade de Adaptação é tão maior quanto mais recursos possam ser postos à disposição do esforço de Adaptação. E tão mais recursos podem ser dirigidos à Adaptação, quanto mais saudável esteja a economia do país.

Concordamos que  a necessidade de recursos para a Adaptação seja alta  vinte anos adiante. Os distúrbios na forma de enchentes, deslisamentos de encostas, secas, ventos cada vez com rajadas mais fortes, e outras condições de de extremos climáticos, devem estar mais intensos e extensos vinte anos adiante, com mais sérios impactos sobre a produção agropecuária, sobre a segurança alimentar, sobre a capacidade de exportar e então, de importar, etc.  Pois, nesse tempo, a economia de um país vai necessitar de vultosos recursos dedicados à Adaptação. Deve estar saudável para "aguentar o tranco".


É aí que entra a questão do curto prazo versus longo prazo na condução da economia. Se a economia vai hoje mal numa ótica de curto prazo, a permanência numa situação de perda de vitalidade econômica, e pior ainda, numa situação de previsível deterioração da economia, gera um longo prazo onde a saudabilidade da economia vai estar comprometida. Então, sua capacidade de Adaptação estará comprometida. Não há como evitar que em adição aos tormentos econômicos da sucessão de curtos prazos sem remédios, a economia esteja exposta à incapacidade de se livrar, ou ao menos de reduzir os impactos negativos adicionais causados pelos flagelos do Aquecimento Global.

É uma situação em que racionalmente se coloca como melhor para todos que remédios, mesmo amargos, sejam aplicados agora, conduzindo a dores controladas distribuídas, parte ao longo de uma década, para que daqui a duas décadas se tenha evitada a tragédia da soma das dores de uma economia em frangalos e, ainda por cima, exposta ser recursos para se amparar, aos prejuízos dos extremos climáticos.

Isto se aplica bem a países com larga faixa de seu território na região equatorial, onde os prejuízos causados pelo Aquecimento Global serão substancialmente maiores do que os benefícios e, que simultaneamente estejam numa situação de ter a geração de divisas, fortemente dependente do setor agropecuário, altamente vulnerável aos fatores climáticos. Pior ainda se o país sofre presentemente corrosão de sua competitividade sem que o Aquecimento tenha contribuído para tal. Quando começar a contribuir, como poderá superar estes obstáculos ou seja, no dizer popular, "dar a volta por cima"?

Por certo só masoquistas prefeririam remédios amargos por serem amargos. Mas como qualificar preferir amargor ao quadrado no longo prazo em troca em troca "de equil[ibrio na corda bamba" no presente? Não será melhor, nestes casos, remédios amargos agora, no curto prazo, do que vidas amargas no longo prazo?

Mas remédio amargo hoje para evitar um muito mais amargo no longo prazo pode ser visto como uma questão de justiça intertemporal. Mas há um outro teste a que medidas de Adaptação devem satisfazer, qual seja a da justiça intratemporal. O amargor do remédio não deve incidir com mais intensidade nos já mais castigados pela dureza da vida. E deve incidir sobre todos. As reformas previdenciárias, por exemplo, que preparam para novos tempos de maior longevidade, devem atingir TODAS as categorias para que o clima de aceitação das medidas amargas seja o maior possível.