segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

A Adaptação às Mudanças Climáticas a nível global: cabe à ONU liderar

A Adaptação às Mudanças Climáticas a nível global: cabe à ONU liderar


Há previsões com base em conhecimento científico sobre os efeitos do Aquecimento Global em diferentes regiões do globo terrestre. Algumas regiões poderão passar por um período, de décadas, de aumento da pluviosidade e de potencial de produção agrícola. Canadá e Russia ganham área agricultável com o recuo das área de permafrost. Estados Unidos ganham produtividade com o aumento da pluviosidade no centro norte. Outras regiões no mundo poderão passar por fases cada vez mais intensas de exposição a secas dramáticas, muitas delas podendo vir acompanhadas de incẽndios florestais devastadores. Outras áreas ficam mais expostas a sofrer com outros graves eventos atmosféricos extremos, produtores de rastros de imediata destruição.

Certamente estudos baseados em risco e incerteza podem permitir a formação de tamanhos de população ideal para cada área, nas décadas deste século, capazes de otimizar, ou pelo levar ao prospecto de confortável situação diante dos efeitos do aquecimento global. A dinâmica populacional levada por decisões individuais derivadas de absoluta falta de consciência do pesadelo que se pode ter à frente, não deverá conduzir a populações nada próximas das adequadas em cada área. Mas os governos podem, por diferentes políticas públicas, induzir as decisões individuais a fazerem caminhar as populações aos níveis menos desadequados, com grande efeito benéfico para todos os habitantes da Terra. Isto significa menos sofrimento nas áreas sujeitas a eventos desfavoráveis; menos sofrimento em migrações de alto risco; menos reação contra imigrantes, proporcionando ambiente menos desfavorável aos que migram.

É interessante que diminua o estress sobre os recursos naturais provenientes do acréscimo populacional e que a sustentabilidade seja garantida, ou pelo menos, menos ameaçada. Algumas regiões já tem populações acima do que podem suportar, enquanto outras podem ter a população aumentada num ritmo maior do que tem atualmente. A água passa a ser motivos de conflitos além do previsto pelos que assim viam o futuro pela ótica do aumento populacional, sem levar em conta os efeitos das Mudanças Climáticas que agudizam o problema.

Se trata de reduzir pressões redistributivas sobre uma população que, segundo as previsões atuais, é projetada a atingir 11,2 bilhões de habitantes da Terra, tentando reduzir esta previsão, ao tempo em que as populações de cada área sejam mais próximas do adequado.

É tempo de se notar ser a Mitigação do Aquecimento insuficiente, com ou sem defecções a acordos de Paris, para evitar fortes impactos sobre a redistribuição da capacidade de suporte à vida humana nas distintas regiões da Terra. É insuficiente porque os impactos já estão no mundo. Já há regiões na África e na Índia onde o gritante aumento do suicídio de agricultores tradicionais marca o despreparo dos governos para lidar com a Adaptação. Esta Adaptação que muitas vezes pode se representar positiva para uns e, por efeitos de externalidade, negativa para outros, gerando conflitos.

A Adaptação que tem tanto espaço para medidas locais, também o tem para medidas globais. Cabe à ONU liderar a Adaptação a nível global, onde duas medidas de âmbito geral se insinuam como mais importantes:
- elevação da educação populacional, para que podem contribuir apoio ao planejamento e aos esforços para elevação da qualidade; e

- o comedimento ao crescimento populacional, a que os experts podem contribuir com apoio ao desenho de ações dirigidas a levar as livre decisões individuais a, no todo, menos se afastar do adequado às circunstâncias, levando em conta a sustentabilidade e os aumentos de riscos e incertezas trazidas pelas Mudanças Climáticas.


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