Os climatologistas previam, os modelos climatológicos prevêem e a realidade comprova a intensificação dos eventos extremos em frequência e intensidade.
Dentro deste quadro o Brasil enfrenta no presente cheias históricas nos estados do Sul: Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na Região Nordeste uma seca histórica já produziu um número record de cidades com total colapso nos reservatórios de água que as servem, estando a população completamente sem água a partir destes reservatórios. Um dos estados atingidos no Nordeste é o de Pernambuco. Tem longitude de 34º 52' W em Recife, sua cidade mais ao leste e de 40º 30' W em sua cidade mais a oeste. Cerca de 4/5 de sua extensão longitudinal está exposta aos rigores da seca.
É uma situação calamitosa a de Pernambuco, ainda mais por estar o estado, como o País, mergulhado numa forte recessão econômica. Sem recursos orçamentários para investimento e para ações emergênciais de socorro, o governo do estado tomou uma medida exemplar de Adaptação. Enviou projeto à Assembléia Legislativa do Estado que autoriza o Estado a usar saldo das estatais do Estado em ações contra a seca e enchentes. Foi aprovado por unanimidade. Os recursos usados devem ser devolvidos até 2018.
Assim, mesmo em meio à crise econômica que se abate sobre o estado de Pernambuco e consequentemente encurtando a receita do Estado, dado à brutal queda da arrecadação tributária, haverá recursos para, face aos efeitos das Mudanças Climáticas,
- ações de Adaptação Remediativa Reativa, destinadas a atenuação dos efeitos da seca, principalmente na forma de distribuição de água, essencial para a sobrevivência da população atingida; e
- ações de Adaptação Estrutural Ex-Ante, destinadas a construção de barragens de contenção, para atenuação dos efeitos de precipitações extremas, que têm grande chance de ocorrer em anos próximos.