quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Prognósticos sobre regimes pluviométricos


As previstas alterações expressivas nos regimes pluviométricos de ambas regiões  
Mudanças no regime pluviométrico nas regiões Norte e Nordete do Brasil já são notadas pelos pesquisadores agropecuários dessas regiões. Coincidem, em geral, com as alterações previstas pelos laboratórios de climatologia. Tem-se como a destacar
redução nos totais pluviométricos com alterações nos períodos pluviométricos como consequência;
aumento da quantidade e de intensidade das secas;
períodos mais prolongados de seca (e de déficit hídrico, em geral) e de chuvas cada vez mais concentradas (ocorrências de chuvas torrenciais em curtos períodos e localizadas);
deslocamento do período chuvoso (retardamento) e períodos de seca em média cada vez mais longos;
chuvas com trovoadas fora de época, enchentes;
inundações cada vez mais frequentes e avassaladoras;
necessidade maior de irrigação mesmo em locais onde a pluviosidade era mais bem distribuída;

Nas áreas onde a precipitação está diminuindo há diminuição da água acumulada nos reservatórios de água subterrâneos,
diminuição dos volumes dos lençóis freáticos;
a busca por água potável de qualidade deverá provocar alterações nos aquíferos e exigir poços cada vez mais profundos, mesmo no Aquífero Alter do Chão1
diminuição dos volumes dos lençóis freáticos;


1 Nota: o Aquífero Alter do Chão é o maior aquífero do mundo, sob os estados de Amazonas, Pará e Amapá, com seus 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros (WIKIPEDIA, 2015).







1
Nota: o Aquífero Alter do Chão é o maior aquífero do mundo, sob os estados de Amazonas, Pará e Amapá, com seus 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros (WIKIPEDIA, 2015).



Previsão sombria


Respostas a perguntas abertas são variadas em extensão e em tópicos abordados. Abaixo, uma resposta  muito ampla, quanto aos aspectos abordados, a uma pergunta que poderia se interpretada como: o que as mudanças de hoje podem trazer, como extrapolação para o futuro

 Faz-se notar a acentuação das crises cíclicas por água no NE: o evento da estiagem é cada vez mais intenso, frequente e demorado. Há redução da precipitação pluvial, acompanhada de encurtamento do período chuvoso (diminuição da precipitação para níveis muito baixos em regiões onde já estão ocorrendo menos de 400mm/ano, aumento da área de abrangência da menor média pluviométrica (400-500 mm/ao). As chuvas ocasionais muito intensas (tanto ao longo do ano quanto ao longo do espaço geográfico) aliadas à baixa capacidade de retenção de água pelos solos do NE, aumentam consideravelmente a já grande erosão laminar, depauperando solos ainda produtivos e mais elevadas temperaturas, menor distribuição de chuvas ao longo da estação, trazem com que áreas secas poderão se tornar ainda mais secas.

Uma consequência é o aumento dos desequilíbrios ambientais. Quanto aos humanos o prolongamento de estiagens forma pressões migratórias para os médios/grandes centros urbanos. Entresafras trazem aumento de preços de produtos sazonais, como em geral são os produtos agrícolas. Neste sentido as estiagens prolongadas trazem maior aumento nos preços dos gêneros alimentícios (como efeito da ampliação dos períodos em que tal aumento já ocorre).

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Uma desgraça chamada seca verde


Às vezes está tudo verde no sertão. Mas, agricultores do semiárido estão enfrentando mais uma seca verde.

É quando apesar das chuvas que deixam a paisagem verde, a baixa umidade da terra nos estágios das culturas, quando há maior sensibilidade das plantas à umidade da terra, como na floração, a baixa umidade prejudica a produtividade agrícola (que se reflete, também, na pecuária). Quem planta nada colhe. É o resultado de chuvas localizadas e relativamente rápidas, chuvas irregulares e mal distribuídas. Chove numa parte, noutras não. É a chamada "seca verde", quando as folhas crescem, mas, na hora que o chão fica úmido já tem passado a hora de ser necessário o chão úmido.


Quando há seca verde, está tudo verde. Mas quem pensa que este cenário representa fartura, se engana. O verde da paisagem não reflete a realidade vivida pelos agricultores. Não há a terra rachada, nem o mundo fica avermelhado, coberto de eventuais folhas murchas, amareladas, que caracterizam a "seca seca" que queima toda a plantação do agricultor. Mas quando as lavouras sofrem com pouca água no solo, insuficiente para a floração e o crescimento dos frutos, os sertanejos se deparam com a chamada seca verde, reflexo de um volume de chuvas fraco.
O tamanho dos pés de milho, da própria cana-de-açucar e de outras lavouras temporárias serve como parâmetro para a falta de chuvas. Um parâmetro para o desastre chamado "seca verde".

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Efeitos das secas mais prolongadas


As secas mais prolongadas, mais incertas e mais arrazadoras, segundo os pesquisadores agropecuários da região, trazem para o semiárido brasileiro:
período de déficit hídrico ampliado (redução da precipitação) que contribui, no NE, ao aumento da proporção de áreas em processos de desertificação e de áreas desertificadas instalando climas áridos; e
perda de solo e áreas agricultáveis;
elevação da evaporação e evapotranspiração
lterações nos períodos de chuvas e de seca no NE, tornado-os menos predizíveis;
nos próximos 30 anos o início dos períodos chuvosos no NE se afastará da normal climatológica de 1960 a 1990;
a menor previsibilidade dos períodos de chuva e da precipitação, assim como o aumento da aridez trazem o risco de aumento da fome;
o aumento da irregularidade da seca aumenta mais que proporcionalmente os episódios de falta de água nos reservatórios;
redução do volume de lençóis freáticos; 
aumento da erosão;
no Nordeste coberto pelo semiárido, a seca favorece as culturas (irrigadas) com menor incidência de doenças, porem passa a exiger maior eficiência no uso da água para que a produção não fique comprometida;

a poluição dos rios, principalmente do semiárido brasileiro, apresenta-se, também, como fator preponderante. A água escassa e poluída será uma adversidade ambiental que poderá surgir fortemente.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O azar do semiárido



As observações no semiárido brasileiro, que corresponde basicamente à Região Nordeste do Brasil, sobre a natureza, relativas ao tempo presente comparados ao passado recente, permitem extrapolações. Os bem treinados pesquisadores agropecuários das regiões Norte e Nordeste do Brasil, entre os quais são mais numerosos os doutores do que os mestres,  por extrapolação, de suas observações atuais, afirmam, em sua maioria que 
o Aquecimento Global prejudicará, principalmente, entre as regiões brasileiras, a agricultura da região semiárida (resposta de um respondente ao questionário da pesquisa, típica das demais);

Realmente, é difícil imaginar outra região mais prejudicada. Pode-se pensar que o semiárido já é a mais quente região do Brasil e assim pouco sofrerá com o aumento da temperatura. Na verdade, não é bem assim que as coisas se passam.
Ser o mais quente significa não dispor de experiências de outros locais que tenham atualmente a temperatura que o nosso semiárido passará a ter. Ademais a mudança não se restringe a aumento de temperatura. Mudam os padrões interanual e anual de precipitação, aumentando a extensão média do período seco e a incerteza de quando de sua ocorrência e de sua extensão. 


o clima semiárido em transição para clima árido nos sertão do N/NE, e demais [...] áreas secas poderão se tornar ainda mais secas (resposta de um respondente ao questionário da pesquisa, típica das demais);

Realmente, como colocado acima, já há quatro focos de aridização no semiárido. A atual seca de 2015, que forma uma extensão da seca de 2013 e 2014 funciona como uma macabra extensão destas. Esta seca de extensão interanual é um forte impulso nos processos de aridização  no semiárido.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Previsão do clima e efeitos


Temperatura  e precipitação em uma localidade ou região são as variáveis mais conspícuas do clima. Outras variáveis como a pressão atmosférica , a velocidade e direção dos os ventos, umidade relativa do ar, são outras variáveis, que também teem timportância. Isto inclui variáveis atintentes ao clima, como considerações sobre os desvios em relação às médias, variabilidade, condições extremas e freqüências de eventos que ocorrem em determinada condição do tempo. O clima é importante em micro e macro escalas. O clima está mudando e as observações sobre as mudanças, pouco perceptíveis que sejam ensejam exposições propectivas.
Assim, o clima, de forma geral, é visto pela maioria dos pesquisadores agropecuários do Norte/Nordete brasileiros como:

mais quente e seco, seguindo uma tendência geológica acentuada pelos distúrbios antrópicos.
Como resultado há:
alteração da umidade do ar no N/NE, 
com implicações sobre a evapotranspiração e outras;
risco de culturas agrícolas serem deslocadas para outros regimes climáticos e até pluviométricos, correspondente a mudanças de vocação agrícola,
quando, de certa forma são reproduzidas as condições climáticas atuais na áreas de onde serão deslocadas;

risco de desaparecimento de culturas pelos fatos anteriormente relatados,
correspondendo aquelas que não encontram condições satisfatórias em novas localizações.
perdas de safras, diminuição da capacidade de suporte de propriedades rurais, para seres humanos e animais de criação (diminuição da produtividade média das culturas agrícolas e explorações pecuárias),
as perdas de safras são fatores que reduzem as capacidades de propriedades rurais de uma região de obterem um ganho mínimo capaz de mantê-las funcionando;
mudanças na composição da fauna e flora das Regiões (mudança na composição florística, na estrutura e no funcionamento da vegetação)
produzindo desequilíbrios ecológicos, o que pode passar um grande tempo se que seja atingido o novo equilíbrio, ou que o novo equilíbrio seja, uma condição específica adicional hostil ao homem;
incidência de novas pragas, 
conduzindo à mecessidade de pesquisa adicional para controlá-las, com consequencias muito gaves enquanto não seja desenvolvido o novo conhecimento para as controlar;
alterações de microclimas,
que podem ter implicações econômicas devastadoras, quando o micro clima o prcesso de Aquecimento Global não puder reproduzi-los em outras áreas;
a vulnerabilidade aos efeitos da mudança global do clima podem ser agravadas por mudanças de uso da terra inadequadas às condições de sustentabilidade dessas regiões podem aumentar,
o que aumenta a necessidade de competência para a prática correta de manejo de solo e água;
a inequívoca a necessidade de se dar continuidade às pesquisas em curso dentro da linha estratégica de ação aqui tratada,
para manter a capacidade produtiva das regiões face às condições crescentemente adversas;
falta de água nos reservatórios e seca dos rios, provocando o uso de maior quantidade de produtos químicos, para tratamento da agua potável,
principalmente para compensar o aumento da concentração de resíduos de defensivos agrícolas, o que nem sempre é conseguido;
a ocupação e uso sem regulamentação adequada de áreas vulneráveis contribui diretamente para esse cenário, 
o que pode ser evitado havendo fiscalização da autoridades.


Dados sobre a pesquisa que gerou a informação acima são encontrados na postagem de 27 de novembro de 2015:

Seria fictício o Aquecimento Global?

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Aquecimento Global diferenciado


A pesquisa sobre os efeitos do Aquecimento Global no N/NE, tais como do conhecimento dos pesquisadores agropecuário das duas regiões, bem como dos prognósticos que podem ser feitos a partir de suas observação, bem como ainda, sobre o que pesquisar para Adaptação trouxe um resultado que deve chamar a atenção:


O aquecimento em curso tem impactado diretamente sobre o regime de chuvas no N/NE. Mais especificamente no N, e no Acre, temos observado que o período "seco" vem diminuindo gradativamente, a ocorrência de friagens vem diminuindo e a temperatura relativa está aumentando (mais do que a temperatura média global).

Período mais curto de seca é período mais longo de chuva. É período mais longo de maior umidade. A umidade do ar no Sul e Sudoeste brasileiros, abaixo da região amazônica, tem, pelas correntes de ar desviadas pela Cordilheiro do Andes, seu principal suprimento desta umidade do ar, que está tendo seu período aumentado.


Dados sobre a pesquisa que gerou a informação acima são encontrados na postagem de 27 de novembro de 2015:

Seria fictício o Aquecimento Global?

Na próxima postagem: Previsão do clima e efeitos
 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Prognósticos sobre a temperatura no N/NE


Os pesquisadores agropecuários do Norte/Nordeste foram inquiridos sobre a temperatura futura, como projeção do já observado no presente. Tem-se como colocações dos respondentes.
As mais elevadas temperaturas médias no Norte/Nordeste brasileiro, observam, devem ser acompanhadas por mudanças de temperaturas em períodos específicos que afetam mais significativamente determinadas plantas e animais, incluindo muitos cultivos e criações, além de plantas e animais nativos. Foram prognósticos feitos:
elevação das temperaturas máximas e das temperaturas mínimas;
noites e dias mais quentes;
aumento da amplitude térmica diária;
maior evapotranspiração (plantas e animais), cada variável desta com efeitos sobre;
desconforto e doenças respiratórias (humanos e animais);
maior frequência de doenças relacionadas ao calor;

maior elevação (acima da média geral) na temperatura média nas cidades, principalmente nas grandes.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Aquecimento Global: previsões sombrias para os mais castigados


Uma visão razoavelmente detalhada dos efeitos das mudanças climáticas em curso e, a partir delas, uma especulação sobre o futuro do clima,  surge da apreciação do coletivo de respostas dos dois terços de pesquisadores agropecuários do Norte/Nordeste brasileiro que preveem mudanças climátias desfavoráveis à exploração econômica das regiões, bem como aos seus biomas.
As respostas sobre o futuro do clima, em termos de perguna aberta, receberam componentes que se referem à temperatura e seus efeitos, bem como à mudanças na precipitação na forma de chuva e seus efeitos, assim como mudanças no clima, de forma mais geral. Ora tratam do Norte/Nordeste, conforme foi feita a pergunta, ora se referem especificamente a uma das duas regiões. 
A análise que segue manteve a orientação das respostas e assim foi registrada na compilação que prossegue. Como pergunta aberta cada respondente abordou conforme se sentiu confortável em fazê-lo. Algumas respostas foram longas, outras, concisas. Algumas trataram o assunto procurando cobrir seus diversos ângulos. Outras debruçaram-se sobre poucos aspectos específicos. Interessa saber que o conjunto forneceu um mapa bastante completo sobre o que constatam os pesquisadores agropecuários do N/NE, sobre o que pode presentemente ser observado nestas regiões e o que pensam sobre o futuro delas no que respeita ao clima.
Uma primeira observação, de ordem geral, é que as mudanças já em curso permitem, com base na expectativa de continuidade da ação das fontes que as provocaram, bem representada pela inserida abaixo, prever que:
No N/NE deve ser observado com maior frequência a ocorrência de eventos extremos
e a maior frequência de eventos extremos, compromete a recuperação dos ecossistemas e a produção agropecuária nas referidas regiões, tendo sido escolhida a resposta abaixo, que bem representa as demais:
Vão ocorrer mais surpresas em relação ao clima, exigindo maiores condições de resposta da sociedade em resolver os problemas causados por mudanças climáticas,principalmente face ao
Aumento dos eventos desfavoráveis às atividades agropecuárias praticadas atualmente na região e o resultante aumento do número e de extensão de áreas desmatadas e degradadas.





quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Previsões do Clima para o N/NE do Brasil



O pedido para colocar na resposta ao questionário um sumário das previsões do pesquisador respondente sobre os novos climas para o N/NE foi uma questão aberta, para que a resposta capturasse uma informação mais rica do que se a pergunta tivesse alternativas de respostas. Recebeu respostas que permitem, por si, uma análise das posições dos pesquisadores agropecuários do N/NE brasileiros quanto ao processo de mudança climática em curso e seus efeitos. São prognósticos, no caso dos respondentes, pertencentes a esta maioria, valorizados por serem em geral, extensões para o futuro apoiadas em observações de mudanças anotadas como já em curso.
As posições dos respondentes não tem nada de unânime. Uma minoria, de um terço, composta pelos os que negam haver mudanças climáticas, juntados aos que não responderam e ainda aos que entendem serem elas de origem basicamente de forças da natureza, cíclicas e reversíveis, no seu próprio tempo, traz respostas tais como:


observa-se uma mudança bastante acentuada no clima da região em um espaço de tempo muito curto e que denota a mudança climática existente. Minha expectativa é que se trate de mais um ciclo e que logo mais a situação modifique para melhor;
estamos (cremos) na fase terminal de um ciclo quente e que o próximo será um clima de temperaturas mais amenas;
a terra sempre passou por alterações cíclicas do clima. É nisso que acredito, e não que o aquecimento atual seja decorrência da ação irresponsável do homem;
em épocas anteriores há relatos de que a temperatura era superior a atual,quando não havia indústrias e a população era ínfima. O Clima está em constante mudança.

A maioria dos pesquisadores do N/NE brasileiros, de cerca de dois terços, entretanto, têm outro ponto de vista, outros prognósticos. Os 176 questionários respondidos, contêm, para o N/NE:
previsões de tempos árduos à frente
66,9%

negativa de mudanças climáticas+
mudanças naturais, cíclicas e reversíveis+ não responderam
  


 33,1%

total

100,0%

De certa forma dois terços, portanto, têm opinião colimada com a do grupo climatologista de maior vulto no país, o grupo do INPE, que elaborou modelos climáticos preditivos para o Brasil, alinhados com os produzidos, a nível mundial, pelo laboratório inglês Centro Hardley de Mudanças Climáticas e outros grandes centros de pesquisa climática.



Dados sobre a pesquisa que gerou a informação acima são encontrados na postagem de 27 de novembro de 2015:

Seria fictício o Aquecimento Global?

domingo, 13 de dezembro de 2015

Baixo emprego do conhecimento disponível aos agropecuaristas do N/NE?



As pesquisas agropecuárias, em geral, apresentam resultados na direção de seus objetivos. Uma os atingem pelnamente. Outras, parcialmente. Poucas nãos os atingem. Mas só trazem resultados para o mundo real, se os conhecimentos nelas gerados forem empregados pelo conjunto daqueles a quem a pesquisa se dirigiu. 
Às vezes o conhecimento gerado é empregado pela maioria daqueles a que a pesquisa se destinava. Às vezes só é empregado por uma estreita minoria. Mas, neste caso, é, corretamente, computado como empregado.
Se uma fração do conhecimento gerado for empregada, pose-se dizer que o conhecimento está sendo empregado, mesmo que o seja por uma minoria? Ista vai depender da magnitude da fração. Se for mais de 50% o que esteja sendo empregado por uma minoria, pode-se dizer que o conhecimento gerado está sendo empregado.
Pois bem, o conhecimento gerado nas pesquisas agropecuárias do Norte/Nordeste do Brasil e o acumulado, quer gerado em pesquisas, quer advindo da experiência de agropecuaristas mais avançados em convivência com o semiárido, segundo frequência relativa de pesquisadores agropecuários respondentes destas duas regiões é adotado?:
disseram que sim: 60,0%
disseram que não  18,3%
não responderam 21,7%

    total                   100,0%
Se a interpretação for a acima feita, de que mais da metade do conhecimento disponível for usada por parte, pequena de seja, dos agropecuaristas se está com grande problema: só 60% deles encontra como empregado nas atividades produtivas mais da metade do conhecimento disponível para estes agropecuaristas. É importante realçar que 21,7% preferiram não responder. Ou seja, tem que haver um esforço grande, fora do ambiente e da alçada dos pesquisadores e suas intituições, para a adequada disseminação e uso do conhecimento produtivo. Cabe a quem paga a pesquisa, o governo, cuidar de que o resultado da pesquisa seja bem empregado. Se não, para que pesquisa? 

sábado, 12 de dezembro de 2015

É insuficiente a pesquisa no N/NE brasileiros para Adaptação ao Aquecimento Global


São insuficientes, em relação às necessidades do Norte/Nordeste do Brasil, os esforços de pesquisa desenvolvidos pelo conjunto das instituições de pesquisa agropecuária destas duas regiões, segundo os pesquisadores agropecuários destas regiões. 
Assim se distribuem, sobre o assunto, os pesquisadores agropecuários 
o esforço de pesquisa não satisfaz
46,9%
o esforço de pesquisa é satisfatório
26,9%
não opinaram
26,2%
total
100,0%

Esta foi a pergunta que, de longe, teve o maior número de pesquisadores que não opinaram. Deixando de lado os que não opinaram, vê-se que 64% dos que opinaram são da opinão de que a questão da Adaptação aos efeitos do Aquecimento Global não está recebendo o volume de pesquisa adequado.

Dados sobre a pesquisa que gerou a informação acima são encontrados em:

Seria fictício o Aquecimento Global?





sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

No N/NE do Brasil há pesquisa sobre Adaptação em 78% das 40 instituições de pesquisa agropecuária

Adaptações ao clima já ocorrem ao longo do trabalho de Convivência com a Seca, sendo, apesar dos esforços das instituições de pesquisa agropecuária, conhecimento distribuído de forma não sistemática entre os produtores rurais. Mas, o conhecimento gerado nas instituições de pesquisa deve prosseguir na ciclópica tarefa de superar os efeitos adversos das mudanças climáticas no N/NE. Todavia, juntado ao conhecimento disponível em instituições que prestam assistência técnica, pode não estar sendo disponível para os produtores rurais, ou para parte significativa da produção rural. Os 81,7% de pesquisadores que afirmam dever haver prioridade de Adaptação para o Produtor Rural, clamam, portanto, que haja pleno acesso à informação relativa à aplicação, por parte dos produtores. O acesso efetivamente útil, para os pequenos produtores e para os produtores familiares, ressalte-se, é traduzido por boa e abundante prática de extensão rural. Outras instâncias mais graúdas de produção agropecuária não requerem, para se porem a par da oferta de tecnologia disponível, a assistência rural com a mesma insistência e intensidade.
Quanto a haver pesquisa sobre Adaptação ao Aquecimento Global na instituição do respondente, seja ela marginal ou expressiva, em termos de números de projetos de pesquisa, seja em termos de valor investido nos projetos, foi respondido que: 
na instituição do respondente há pesquisa sobre Adaptação
77,7%
na instituição do respondente não há pesquisa sobre Adaptação/não informaram
22,3%
total
100,0%


Supondo que cada respondente veja sua instituição como representativa do conjunto das quatro dezenas de instituições que fazem pesquisa agropecuária no N/NE do Brasil, chega-se, pelos quantitativos expostos acima, a que 31 destas instituições teriam pesquisa em curso sobre Adaptação, seja marginal, seja expressiva.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Mititgação e Adaptação são realmente excludentes?


Adaptação e Mitigação são vistos, em geral, na literatura, como alternativas excludentes. Assim, como alternativas, são tratados mesmo em documentos oficiais de análise de instituições científicas especializadas. Os jornais e revistas, bem como a mídia audiovisual também dão implicitamente a ideia da alternativa excludente. Os documentos científicos e técnicos igualmente induzem a que assim sejam considerados Adaptação e Mitigação. Mas, de fato, em geral, toda ação de Mitigação tem um efeito, positivo ou negativo, de Adaptação. Igualmente, toda ação de Adaptação tem, em geral, um efeito, negativo, ou positivo, de Mitigação..
Jogue-se pó na forma de nanopartículas na atmosfera, reduzindo a insolação e a temperatura ao nível do solo. É uma medida de Mitigação. Mas as culturas que dependem de insolação a terão menor. E haverá queda de produtividade. Para estas áreas, onde os cultivos reduzem a produtividade, a medida de Mitigação tornou-se uma medida de Adaptação negativa.
Suponha que se tenha desenvolvido um cultivar de arroz que dispense qualquer fase de imersão em água e, assim, em seu ciclo produtivo, envolvendo a degradação da matéria orgânica que resta após a extração do arroz, produza menos gás metano e, simultaneamente, tenha maior resistência ao stress hídrico. Trata-se de uma situação em que a Mitigação vem acompanhada de efeito positivo de Adaptação.
Instalem-se equipamentos que reduzam o calor em ambientes em que galinhas estejam sendo criadas. Se a A adaptação, permitindo a manutenção da temperatura dentro do domínio térmico favorável à criação for conseguida por meio do consumo de energia elétrica de origem fóssil, resulta em efeito negativo de Mitigação.
Plantem-se árvores produzindo sombra contínua sobre as calçadas, concedendo aos transeuntes uma compensação a uma insolação mais agressiva. É uma medida de Adaptação. Mas a absorção de dióxido de carbono por parte das árvores é uma medida conjunta, positiva, de Mitigação.
A maioria dos respondentes não se deixa levar pela forma acrítica de ouvir as vozes que induzem a Adaptação e a Mitigação como medidas alternativas excludentes. Há autonomamente uma orientação correta ao considerar Adaptação e Mitigação como ações de efeito conjunto, ou seja, não excludentes. Os pesquisadores que responderam ao questionário têm a visão de que Adaptação e Mitigação
são de efeto conjunto
75,4%
são excludentes
15,4%
não opinaram
9,2%
total
100,0%



A expressiva maioria de três em cada quatro respondentes veem corretamente, portanto, as medidas como tendo ação conjunta. Ou seja, uma medida de Adaptação (Mitigação) operando, em geral, simultaneamente, como uma medida, positiva, ou negativa, de Mitigação (Adaptação).

A prioridade de Adaptação é maior para o Norte-Nordeste?


O N/NE não apresenta, para os respondentes, maior prioridade relativa para a Adaptação do que o Brasil, em sua totalidade, como a princípio poderia ser pensado, olhando-se para a grande área do semiárido, ressequida pelo inclemente sol equatorial e para o tênue equilíbrio da gigantesca floresta úmida, onde, sob o mesmo sol, sua existência é, a um tempo, resposta à e causa da abundância da água. Atribuem:
maior prioridade relativa à Adaptação no Brasil
93%
maior prioridade relativa à Adaptação no N/NE
7%
Total
100%



Pode-se tomar como verdadeira a avaliação que atribui a estas regiões uma maior necessidade de Adaptação, ou de gastos com pesquisa para Adaptação. Mas, entende-se a lógica dos respondentes, entretanto, como uma lógica de expressão de brasilidade. O Brasil é varios povos e uma só nação. Mesmo trabalhando em e para regiões de extremo efeito negativo do Aqueciemento Global, o sentido de pertinência à nação é maior do que a necessidade de suas regiões.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Prioridade para o Brasil: Adaptação ou Mitigação?

Para os que veem o Aquecimento Global como controlável fazem sentido os esforços de Adaptação. Mesmo para os que veem o Aquecimento Global como já incontrolável, não quer dizer que as ações de Adaptação sejam inócuas. Cabe desenvolvê-las para, por um lado, viabilizar, enquanto possível, a vida econômica nas regiões mais duramente atingidas com seca e temperaturas altas, as quais possam vir a se tornar inviáveis para ocupação por humanos; por outro lado cabe desenvolvê-las para gerar e consolidar conhecimento produtivo que será útil nas regiões que passarão a ter os climas atuais das regiões que vierem a ser inviabilizadas. Assim, os esforços de Adaptação na área agropecuária do semiárido são racionais e devem ser realizados. Mas seria a Adaptação mais importante para o Brasil do que sua contribuição à Mitigação
Há, entre os pesquisadores respondentes, a opinião de que, entre Mitigação e Adaptação, a

adaptação é prioritária para o Brasil
86,3%
adaptação não é prioritária para o Brasil e não opinaram
13,7%
total
100,0%

A Adaptação é vista como prioritária para o Brasil por mais de 17 entre cada 20 pesquisadores. É explicado pela certeza de que se o planeta Terra tivesse uma taxa de emissão per capita de dióxido de carbono igual à do Brasil, não haveria Aquecimento Global, ou ele ainda não seria tão pouco expressivo que sequer seria percebido. Os brasileiros contribuem marginalmente para o Aquecimento Global, mas vão sentir fortemente seus efeitos. É de esperar que a maioria dos pesquisadores agropecuários do N/NE veja a Adaptação como prioritária para o Brasil. Isto é muito positivo, pois eles, em sua expressiva maioria, veem como preferência aplicar seus esfprços de pesquisa na Adaptação ao Aquecimento Global.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Aquecimento Global é controlável?

Há a crença de que 2 graus centígrados a mais do que a temperatura pré revolução industrial seria limite para a controlabilidade do Aquecimento Global e seus efeitos. ao que se saiba não houve até agora uma demonstração científica deste limite. Mas é repetido por praticamente todos os que trabalham com o Aquecimento Global. Virou uma mantra. Os autores deste blog se declaram crentes. Não estão dispostos a serem contra a mantra.

Mas o que pensam os pesquisadores agropecuários do N/NE? A importância de se conhecer a posição destes pesquisadores é grande, pois de suas posições sai o encaminhamento de uma política de pesquisa agropecuária esta era de Adaptação. 
Eles não são unânimes em acreditar que os esforços de Mitigação, que têm efeito redutor sobre o Aquecimento Global, venham a poder controlá-lo. Uma grande maioria, tem uma posição otimista, acredita que sim. Dos que acreditam no efeito das ações humanas sobre o Aquecimento Global:
já o veem com incontrolável
5%
o veem como controlável
95%
total
100%

Para os que veem o Aquecimento Global como controlável fazem sentido os esforços de Adaptação. Mesmo para os que veem o aquecimento global como já incontrolável, não quer dizer que as ações de Adaptação sejam inócuas. Cabe desenvolvê-las para, por um lado, viabilizar a vida econômica nas regiões mais duramente atingidas com seca e temperaturas altas, enquanto possível; por outro lado para gerar e consolidar conhecimento produtivo que será útil nas regiões que passarão a ter os climas que atualmente predominam nas regiões que vierem a ser inviabilizadas.
Na próxima postagem: 

Prioridade para o Brasil: Adaptação ou Mitigação?



domingo, 29 de novembro de 2015

Há mesmo razão para os esforços de Mitigação?

Na opinião de pesquisadores agropecuários do Norte/Nordete do Brasil, os pesquisadores que no seu treino e na sua ação profissional diuturnamente observam a natureza, ou parte dela,

a se continuar o desmatamento das florestas; a emissão do CO2 para a atmosfera; a poluição dos oceanos, rios e lençol freático; o excesso de adubação; as aplicações de herbicidas, fungicidas, inseticidas e outros cidas, além da falta de controle à natalidade, que obriga a ocupação desordenada de áreas não apropriadas, demandando assim, mais áreas para a produção de alimentos e habitação, produção de energia elétrica (construções de mais hidrelétricas, consequentemente mais danos ao ambiente); a especulação e grilagem de terras (mais desmatamentos), etc é óbvio que haverá contribuição ao aumento de temperatura, enchentes, secas e outras mazelas.

Há também a opinião de que “A sociedade tem condições de reverter esta situação promovendo reflorestamento de cursos de água, poupança no uso de recursos naturais, etc. de tal sorte que no longo prazo pode ser diferente da previsão que está sendo colocada como sentido alarmista

Ora, os esforços de mitigação são ações que podem ter efeito na redução do Aquecimento Global, quer de forma direta, que de forma indireta. Os que não reconhecem a existência de um processo de Mudanças Climáticas não vêem sequer razão ou espaço para ações de Mitigação. Também assim estão os que reconhecem a existência do processo de Aquecimento Global, mas não o atribuem a causas antrópicas. No total dos respondentes, pesquisadores agropecuários do Norte/Nordeste do Brasil, a questão "Há motivo para esforços de Mitigação?" recebeu as seguintes frequências de resposta: 
acreditam na razão para esforços de mitigação
74,9%
não aceitam razão para esforços de mitigação
25,1%
total
100,0%
Três quartos deles entendem que há razão para ações de Mitigação. Constituem uma larga maioria.

Na próxima postagem: O Aquecimento Global é controlável?