segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O azar do semiárido



As observações no semiárido brasileiro, que corresponde basicamente à Região Nordeste do Brasil, sobre a natureza, relativas ao tempo presente comparados ao passado recente, permitem extrapolações. Os bem treinados pesquisadores agropecuários das regiões Norte e Nordeste do Brasil, entre os quais são mais numerosos os doutores do que os mestres,  por extrapolação, de suas observações atuais, afirmam, em sua maioria que 
o Aquecimento Global prejudicará, principalmente, entre as regiões brasileiras, a agricultura da região semiárida (resposta de um respondente ao questionário da pesquisa, típica das demais);

Realmente, é difícil imaginar outra região mais prejudicada. Pode-se pensar que o semiárido já é a mais quente região do Brasil e assim pouco sofrerá com o aumento da temperatura. Na verdade, não é bem assim que as coisas se passam.
Ser o mais quente significa não dispor de experiências de outros locais que tenham atualmente a temperatura que o nosso semiárido passará a ter. Ademais a mudança não se restringe a aumento de temperatura. Mudam os padrões interanual e anual de precipitação, aumentando a extensão média do período seco e a incerteza de quando de sua ocorrência e de sua extensão. 


o clima semiárido em transição para clima árido nos sertão do N/NE, e demais [...] áreas secas poderão se tornar ainda mais secas (resposta de um respondente ao questionário da pesquisa, típica das demais);

Realmente, como colocado acima, já há quatro focos de aridização no semiárido. A atual seca de 2015, que forma uma extensão da seca de 2013 e 2014 funciona como uma macabra extensão destas. Esta seca de extensão interanual é um forte impulso nos processos de aridização  no semiárido.

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