quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Uma desgraça chamada seca verde


Às vezes está tudo verde no sertão. Mas, agricultores do semiárido estão enfrentando mais uma seca verde.

É quando apesar das chuvas que deixam a paisagem verde, a baixa umidade da terra nos estágios das culturas, quando há maior sensibilidade das plantas à umidade da terra, como na floração, a baixa umidade prejudica a produtividade agrícola (que se reflete, também, na pecuária). Quem planta nada colhe. É o resultado de chuvas localizadas e relativamente rápidas, chuvas irregulares e mal distribuídas. Chove numa parte, noutras não. É a chamada "seca verde", quando as folhas crescem, mas, na hora que o chão fica úmido já tem passado a hora de ser necessário o chão úmido.


Quando há seca verde, está tudo verde. Mas quem pensa que este cenário representa fartura, se engana. O verde da paisagem não reflete a realidade vivida pelos agricultores. Não há a terra rachada, nem o mundo fica avermelhado, coberto de eventuais folhas murchas, amareladas, que caracterizam a "seca seca" que queima toda a plantação do agricultor. Mas quando as lavouras sofrem com pouca água no solo, insuficiente para a floração e o crescimento dos frutos, os sertanejos se deparam com a chamada seca verde, reflexo de um volume de chuvas fraco.
O tamanho dos pés de milho, da própria cana-de-açucar e de outras lavouras temporárias serve como parâmetro para a falta de chuvas. Um parâmetro para o desastre chamado "seca verde".

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