O conhecimento atual para decisões sobre comportamento
face a Covid-19 e válido como inspirador, com as devidas adaptações,
específicas a cada caso, para futuras pandemias que podem ser
facilitadas pelo Aquecimento Global. Neste espírito segue a postagem.
Nem recomendação. Os jornais, a televisão, os meios de comunicação não mencionam nem sugestão aos profissionais cuja atuação exige proximidade física com o atendido, como odontólogo(as)s, oftalmologistas, neurologistas, enfermeiro(a)s, fisioterapeutas, barbeiros, manicures, etc.
O cliente entra, encontra o seu odontólogo todo paramentado com equipamento de proteção e se sente inibido de perguntar: fez teste para o covid-19? Se lembra do programa de testes instituído pelo governo, de seu estado, de seu município. Vão testar 22% da população. Que bom, ótimo. Mas o odontólogo para o qual você vai escancarar a boca para exame e intervenção, respirando junto a você?
Ele não tem braços longos o suficiente para guardar a distância de 1,5 metros que a WHO recomenda. Se tivesse talvez a sala de espera teria as paredes cobertas com medalhas de natação. Conheceria pessoalmente o Phelps e lhe contaria como tinha sido um campeão quase tão famoso quanto ele. Mas, não, seu odontólogo não tem braços tão longos. Ele não está bem diante de você, está a centímetros de distância, ou a polegadas, se você estiver num país de origem britânica. E se ele for um assintomático? Como ele vai saber, se ele não tem sintomas e não fez teste para o covid-19? Você passou tanto tempo em quarentena, cumprindo a regra, esta sim, bem divulgada. Fique em casa. Evite contágio. A covid-19 é seríssima. Não se exponha. Fique em casa. E agora, vai mesmo perguntar ao seu odontólogo, qual o resultado do seu teste de coronavírus?
Ora o atual Presidente do Brasil, Bolsonaro, foi obrigado a expor o resultado de seus testes. E ele não estava a alguns centímetros (ou, algumas polegadas) de seu rosto. Mas e o seu odontólogo? Não pediram a ele para expor. Esqueceram dele ou esqueceram de você? Não pediram a seu oculista, que vai medir a pressão de seu olho. Não pediram à enfermeira que vai retirar os pontos da cirurgia. Não pediram ao traumatologista que vai examinar o braço quebrado do velhinho. Não pediram ao neurologista que vai tocar pontos em ambos os lados de sua face para compar a sensibilidade de seu sistema nervoso nesta área. Alguém impetrou um mandado de segurança para que o barbeiro que vai cortar sua imensa juba leonina, cultivada em meses de quarentena, lhe expusesse o resultado de seu teste nos últimos 20 dias?
Não acham que seria de bom alvitre ser exigido, ou, ao menos, fortemente recomendado, que os profissionais que vão lhe atender tendo que manter, para sua atuação, proximidade física para com o atendido, façam regularmente teste e o exibam, como exibem o alvará de funcionamento?
Esperamos que não seja só o álcool gel para passar nas mãos, a hora marcada para clientes não se encontrarem na sala de espera e outras medidas gerais, não específicas para reduzir o risco de quem tem que ser atendido por um profissional a centímetros de distância (ou de polegadas) de suas mucosas. A exigência de testes regulares (a regularidade estabelecida pelas autoridades sanitárias) e a exibição de seus resultados (para os clientes e para a fiscalização sanitária) deve ser uma medida a ser adotada enquanto a pandemia do covid-19 estiver ativa, enquanto o vírus estiver circulando.