Sacos de plástico
tomaram universalmente o lugar dos sacos de papel. Distribuídos nos
estabelecimentos comerciais com custo já embutido nos preços dos
bens são tomados como gratuitos pelos consumidores. A maioria
destes, em grande parte dos países os descarta livre e
descuidadamente no meio ambiente. Em áreas rurais passam a
constituir parte desagradável da paisagem enquanto trazem problemas
ecológicos onde são dispensados. Em áreas urbanas entopem redes de
águas pluviais, causando alagamentos, entre outros estragos. Quando
são carregados pelas águas terminam por poluir rios, lagos e mares,
já constituindo, pelo seu lento, multidecenal, processo de
degradação, um sério problema ambiental.
O custo ecológico
dos sacos plásticos nos anos mais recentes, veio a ser visualizado
por ativistas ambientais e já
começaram a ser proibidos em algumas cidades. Estão sendo
substituídos por sacos de papel, que se decompõem mais facilmente.
Mas o custo ambiental dos sacos não decompostos não é o único
custo ambiental dos sacos. Até chegarem ao uso por parte dos
consumidores, o sacos sejam de papel ou de plástico têm custos
ambientais referentes às suas confecções. Uma relação de custos
comparativos é trazida por matéria da BBC no artigo
https://www.bbc.com/news/business-47027792,
apresentando os altos custos ambientais dos sacos de papel.
O descarte
irracional pode ser evitado com uma combinação de educação,
conscientização, custos privados a que os usuários fiquem expostos
e repressão. Evitando o livre descarte tem-se uma substancial dos
custos ambientais dos sacos plásticos. A conveniência dos
consumidores também deve ser levada em conta. Para alguns usos e
para alguns consumidores os sacos de papel podem introduzir grandes
diferenças desfavoráveis, que podem ser consideradas juntamente com
os custos ambientais. Impondo-se custos adequados aos consumidores
pode lhes ser dado liberdade de escolha, resultando numa melhor
situação quando os custos privados atuais são levados em conta
juntamente com os custos ambientais.
Quando o uso do
plástico é levado em conta de forma mais geral, abrangendo as
embalagens plásticas há mais divergência entre o resultado do uso
de diferentes plásticos e diferentes outros materiais. Um estudo de
2004 sobre a embalagem de erva-mate em embalagens plásticas mostrou
grande superioridade face a outros materiais de embalagem:
O desenvolvimento de uma embalagem, utilizando características
estruturais do PETmet/PE, adequada as características da erva-mate é
uma alternativa eficiente para prolongar a vida útil da erva-mate,
apresentando também como vantagem a manutenção da qualidade
microbiológica e físico-química deste produto (SANTOS, 2004, p.89).
As diversas
situações específicas devem ser estudadas e levadas em conta de
forma racional para que, deixado de lado as radicalizações
derivadas de decisões pouco ou não fundamentadas em informação
adequada, se atinja melhor nível de bem-estar coletivo
intertemporal. As universidades e centros de pesquisa podem colaborar
com a importante questão de se considerar adequadamente os custos
ambientais nas decisões de produção e uso de materiais
acondicionadores.
A racionalidade conclama a que sejam explorados os limites do reuso dos sacos e outros acondicionadores plásticos; em seguida, que sejam explorados os limites da reclicagem dos sacos e outras embalagens plásticas. As situações radicais, de uso exclusivo de sacos e embalagens plásticas e imediato descarte, ou de banimento destes acondicionadores são muito atraentes a rebombar nas mídias, mas, em geral, não são exemplos de racionalidade.
A racionalidade conclama a que sejam explorados os limites do reuso dos sacos e outros acondicionadores plásticos; em seguida, que sejam explorados os limites da reclicagem dos sacos e outras embalagens plásticas. As situações radicais, de uso exclusivo de sacos e embalagens plásticas e imediato descarte, ou de banimento destes acondicionadores são muito atraentes a rebombar nas mídias, mas, em geral, não são exemplos de racionalidade.
BBC (2019). Plastic
bags: Germany is passing a law to ban them. Disponível em:
https://www.bbc.co.uk/newsround/47777112.
Acesso em 31 out.
SANTOS, Kleber Alves
dos (2004). Estabilidade da Erva-Mate (Ilex paraguariensis St. Hill.) em Embalagens Plásticas. Curitiba: Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná.
Dissertação (Mestrado). Disponível em
http://www.ufrgs.br/alimentus1/objetos/erva-mate/Arquivos/ervamate_kleberdissertacao.pdf. Acesso em 31 out. 2019.
EDGINGTON, Tom
(2019). Plastic or paper: Which bag is greener? BBC. Disponível em:
https://www.bbc.com/news/business-47027792.
Acesso em 31 out. 2019.