segunda-feira, 4 de maio de 2015

Arquitetura, Mudanças Climáticas, Aeração

A saudabilidade das áreas construídas nas áreas úmidas tropicais é tão maior quanto maior for a renovação do ar. Deve-se usar ao máximo a capacidade de aeração que a natureza propiciar. Assim defendeu Aluyzio Bezerra Coutinho em sua tese de doutorado nos primeiros anos da década de trinta passada. E continua a ser uma proposição verdadeira.

Aerar ao máximo significa fazer esquadrias que tomem o maior espaço possível nos aposentos, nas paredes externas. Significa esquadrias com ampla área com venezianas, por onde o ar pode passar, mesmo estando as esquadrias fechadas.

Um exemplo de esquadrias satisfazendo as condições acima, de ampla aeração, está na foto abaixo. As janelas de correr, de quatro folhas independentes, tomam as paredes externas da sala (toma uma inteira parede; o que a janela não ocupa da outra parede externa é ocupado pela ampla porta, contendo a mesma altura de área envidraçada e o restante de venezianas). O parapeito baixo, da altura do espaldar das cadeiras e sofás não só contribui para  aumentar a área da esquadria, como permite a visão do mundo externo como uma continuidade do interior da sala, produzindo sensação de amplitude e de pertinência ao ambiente externo onde impera o verde. A metade inferior é de venezianas. A metade superior é envidraçada, permitindo perfeita iluminação natural, mesmo com as janelas fechadas.




As janelas estão inseridas num terraço adequado às regiões equatoriais. Os quartos, por sua vez, exploram ao máximo a possibilidade de ventilação.

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