segunda-feira, 17 de julho de 2017

Capacidade de Adaptação ao Aquecimento Global e as cinco maiores economias latinoamericanas


A capacidade de Adaptação aos efeitos do Aquecimento Global de um país é correlacionada à capacidade de desenvolvimento. É interessante ver como se dispõem, neste aspecto os cinco maiores países latinoamericanos. Tanto a situação do bloco dos cinco, como a situação de cada um em particular. O interesse e a revelação dos dados pode ser maior quando o leitor é nacional de um dos cinco países, ou tem interesse particular em um deles. Embora sejam mais heterogêneos em termos de extensão de área do que os cinco maiores países do mundo, são mais homogêneos em termos de seus processos históricos econômicos que moldou seus traços sócio-econômico-culturais de hoje. Têm como traço de união terem invadidos pelos "descobridores". Tiveram seus ocupantes nativos  mortos ou marginalizados dos seus eixos de desenvolvimento .  Seus colonizadores foram europeus, da península abaixo dos Pirineus, eles mesmos, deslocadosdos do eixo do desenvolvimento hegemônico construido acima dos Pirineus. Como resultado os países latinoamericanos são mais homogêneos em termos de suas taxas de crescimento. Pelo menos quanto ao espraiamento de suas taxas de crescimento do PDB per capita, aqui apresentadas, em termos relativos à taxa de crescimento do PDB per capita mundial entre 1990 e 2015, como na Tab. 1.

 Tabela 1

Taxa de crescimento do PDB per capita dos cinco maiores

países latinoamericanos em relação à variação do PDB

per capital mundial 1990-2015

 
País Área em km2 Taxa de crescimento relativo anual (%)



Peru 1.285.216 0,94
Argentina 2.780.400 0,03
Colombia 1.138.914 -0,07
México 1.964.375 -0,09
Brasil 8.515.767 -0,85



Fonte: GPD.Percapita.PPP.worldbank, 2017




Três situações distintas saltam aos olhos dos que observam os dados acima. Argentina, México e Colômbia formam um grupo que acompanhou de perto a mudança do PDB per capita mundial. A Argentina não tem fatos notáveis, nem a favor, nem contra a sua capacidade de crescimento. Na Colombia ressalta-se a guerrilha como um fator que se contrapôs às políticas econômicas governamentais e que demandou recursos para que fosse combatida. No México há a registrar a excepcional localização como fazendo fronteira à maior economia mundial e obtendo investimento produtivo direto incrementado pelo North American Free Trade Agreement (NAFTA). Ou seja, a Colômbia, apesar da guerrilha e o México, mesmo com o NAFTA, formam com a Argentina um grupo de grandes países latinoamericanos que, sob o aspecto do crescimento do PDB per capita acompanhou de perto a capacidade média de Adaptação ao Aquecimento Global.

O Peru se distingue por uma alta taxa de crescimento do PDB per capita neste período 1990-2015. Saiu no início deste período de anos de crescimento prejudicado por descontrole inflacionário. Vencida a hiperinflação, políticas de austeridade foram impostas, a que há analises lhes creditando o êxito econômico, e retomou-se um crescimento fundado em crescente exportação de minérios e pescado, uma política alinhada com os tempos da sedimentação da terceira onda de globalização econômica financeira. Deu certo, do ponto de vista do crescimento da renda e do emprego, bem como da redução da pobreza. O PDB per capita nestes 25 anos, subiu de 63% para 80% do PDB per capita mundial. Mesmo com um desfavorável desastre natural trazido pela ocorrência do El Niño costero e do desastre político econômico representado pelos ecos na economia peruana da descoberta de má prática da construtura brasileira Odebrecht, responsável por obras de infraestrutura importantes para o país, por hora “efetivamente embargadas”, o por muitos constestado modelo de desenvolvimento adotado (ZEOLLLA; ADELARDI; CAPRARULO, 2015) ainda está permitindo, no corrente 2017, previsões de crescimento favoráveis. Aplica-se ao Peru, com correção, a posição de país emergente.

O Brasil, por sua vez, se distingue por ter passado de PDB per capita superior em 22% ao PDB per capita nundial em 1990 para 99% do PDB per capita mundial em 2015. Aplica-se ao Brasil, com correção, a posição de país submergente.


Referências

Banco Mundial (2017). Peru Panorama General. El Banco Mundial en Peru. Washington: 17 abr. 2017. Disponível em: http://www.bancomundial.org/es/country/peru/overview. Acesso em: 12 jul. 2017.


BERNAL, Alicia (2013). Actual éxito económico de Perú se basa en dos pilares fundamentales. ABC Color. Assunção: 16 de setembro de 2013. Disponível em: http://www.abc.com.py/edicion-impresa/economia/actual-exito-economico-de-peru-se-basa-en-dos-pilares-fundamentales-618284.html. Acesso em: 13 jul. 2017.

International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies (2017). Perù: Inundaciones. Boletín Informativo n.2. 12 de março de 2017. Disponível em:

MÜLLER, Alexander (2015). Cuál es el crecimiento potencial de la economía peruana? Reflexiones de política monetaria. SEMANAeconómica.com.Lima: 15 out. 2015. Disponível em: http://semanaeconomica.com/reflexionesdepoliticamonetaria/2015/10/15/cual-es-el-crecimiento-potencial-de-la-economia-peruana/ . Acesso em: 12 jul. 2017.

Publimetro.pe (2017). ¿Cómo afecta 'El Niño Costero'a la 'sólida' economía del Perú?. Lima: 22 mar. 2017. Dispnível em: http://publimetro.pe/actualidad/noticia-como-afecta-nino-costero-solida-economia-peru-57999. Acesso: 12 jul. 2017.

ZEOLLLA, Nicolás Hernán; ADELARDI, Ana Laura; CAPRARULO, Claudio Alejandro. La economía de Perú y los problemas del desarrollo. La revista del CCC. Janeiro / Junho 2015, n° 22. Actualizado: 2016-03-22. Disponible en Internet: http://www.centrocultural.coop/revista/articulo/555/. ISSN 1851-3263. Acesso em: 13 jul. 2017.




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