domingo, 29 de novembro de 2015

Há mesmo razão para os esforços de Mitigação?

Na opinião de pesquisadores agropecuários do Norte/Nordete do Brasil, os pesquisadores que no seu treino e na sua ação profissional diuturnamente observam a natureza, ou parte dela,

a se continuar o desmatamento das florestas; a emissão do CO2 para a atmosfera; a poluição dos oceanos, rios e lençol freático; o excesso de adubação; as aplicações de herbicidas, fungicidas, inseticidas e outros cidas, além da falta de controle à natalidade, que obriga a ocupação desordenada de áreas não apropriadas, demandando assim, mais áreas para a produção de alimentos e habitação, produção de energia elétrica (construções de mais hidrelétricas, consequentemente mais danos ao ambiente); a especulação e grilagem de terras (mais desmatamentos), etc é óbvio que haverá contribuição ao aumento de temperatura, enchentes, secas e outras mazelas.

Há também a opinião de que “A sociedade tem condições de reverter esta situação promovendo reflorestamento de cursos de água, poupança no uso de recursos naturais, etc. de tal sorte que no longo prazo pode ser diferente da previsão que está sendo colocada como sentido alarmista

Ora, os esforços de mitigação são ações que podem ter efeito na redução do Aquecimento Global, quer de forma direta, que de forma indireta. Os que não reconhecem a existência de um processo de Mudanças Climáticas não vêem sequer razão ou espaço para ações de Mitigação. Também assim estão os que reconhecem a existência do processo de Aquecimento Global, mas não o atribuem a causas antrópicas. No total dos respondentes, pesquisadores agropecuários do Norte/Nordeste do Brasil, a questão "Há motivo para esforços de Mitigação?" recebeu as seguintes frequências de resposta: 
acreditam na razão para esforços de mitigação
74,9%
não aceitam razão para esforços de mitigação
25,1%
total
100,0%
Três quartos deles entendem que há razão para ações de Mitigação. Constituem uma larga maioria.

Na próxima postagem: O Aquecimento Global é controlável?

sábado, 28 de novembro de 2015

Afinal, o Aquecimento Global é antrópico?

Como visto em "Há Aquecimento Global?" 92% dos pesquisadores agropecuários do Norte/Nordeste do Brasil tomam como verdade que está em curso o fenômeno do Aquecimento Global.

Nem todos, todavia, creditam o Aquecimento Global a causas antrópicas. Para uma parte desses pequisadores as principais causas são naturais, o que, em qualquer hipótese clama por Adaptação da mesma forma, pois esta idepende da causa do Aquecimento.

Dentre os que reconhecem estar em curso o fenômeno de Aquecimento Global, consideram, quanto à origem antrópica, ou quanto à ação antrópica, responder como a causa maior deste fenômeno:



há predominância de causa antrópica
81,4%
não há predominância de causa antrópica + não opinaram
18,6%
total
100,0%



sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Seria fictício o Aquecimento Global?

A primeira seção do livro

Convivendo com a Seca e Adaptação:
                          realidade e pesquisa

Living with Drought and Adaptation:
                      real life and research

Adriano Batista Dias
Carolina Medeiros
Recife 2014 Fundaj

expõe o resultado da primeira seção de pesquisa sobre "Adaptação ao Aquecimento Global, levada a efeito na Fundação Joaquim Nabuco-Fundaj, expõe o que as instituições de pesquisa agropecuária do Norte/Nordeste do Brasil fazem pela Adptação ao Aquecimento Global e decorrentes Mudanças Climáticas, tal como revelado pelas suas Home Pages e  interpretado pelos autores de "Convivendo com a Seca: realidade e pesquisa".

Esta postagem é a primeira de uma série da segunda seção, que expõe o pensamento desses pequisadores agropecuários. Há nas populações de todos os países, ao que se saiba, minorias, e até, em uns poucos, maioria descrente de que haja Aquecimento Global. Assim, é importante o que pensam as oito centenas de pesquisadores agopecuários do Norte/Nordeste.

A pesquisa lançou um questionários enviado a todos os pesquisadores que os organizadores tenham conseguido e-mail. Foram mais de oitocentos e-mail enviados. Desses, setencentos de setenta receberam os mails, que foram enviados em dois momentos distintos, com a separação de duas semanas. A grande maioria dos pesquisadores agropecuários não conhece a Fundaj, localizada no estado de Pernambuco, pois trabalha na área de Ciências Sociais, enquanto os pesquisadores agropecuários estão espalhados em todo o Norte/Nordeste, uma área mais de cinquenta vezes maior do que a de  Pernambuco. Para maior garantia aos destinatários do questinário de que se tratava de um trabalho sério e não de algo de outa natureza, o questinário foi disponibizado para preenchimento online ou para download no site

Os pesquisadores da Fundaj que estão levando à frente a pesquisa  Adaptação ao Aquecimento Global vista pelos pesquisdores agropecuários do Norte/Nordeste do Brasil, esperavam cerca de trinta respostas, que é um percentual elevado para pesquisas feitas pela internet, quando os  respondentes não estão na mesma empresa que envia os questionários.  Mas o interesse dos pesquisadores agropecuários sobre um assunto tão importante para seus objetos de pesquisa levou ao que fossem recebidas 176 respostas.

A primeira presgunta foi sobre a crença na existência do Aquecimento Global.

Os pesquisadores agropecuários do Norte/Nordeste vêm como importante que haja pesquisas visando adaptação ao Aquecimento Global. Isto se deduz do fato que, dos 176 respondentes ao questionário, a expressa maioria, de 92%, precisamente, acredita que:


há Aquecimento Global
92%
não há Aquecimento Global / não opinaram
8%
total
100%



Na próxima postagem:

domingo, 22 de novembro de 2015

O amargo Rio Doce

O Rio Doce teve uma participação importante na história colonial brasileira. Basta ver que é o rio mais importante do Estado de Minas Gerais, unindo áreas onde a mineração, no estado brasileiro cujo nome - Minas Gerais - o denuncia como de grande riqueza mineral.

A riqueza mineral causou um grande desenvolvimento onde as minas estavam instaladas. Foram-se as primeiras minas, de pedras e metais preciosos, dada a atração do ocidental por coisas que brilham. Nada tão diferente da atração dos índios brasileiros por coisas que brilham. Apenas a raridade conferia um maior valor econômico a uma coisa de brilha e é rara do que uma coisa que brilha e é abundante. Afinal o ocidente já de muito, do ponto de vista histórico era guiado pelo individualismo. Ora, numa sociedade desta o que brilha e é raro é admirado por todos, pelo seu brilho, mas só os abastados podem ter. A diferenciação dos indivíduos por poder possuir coisas que brilham leva aos abastados a conferir um valor especial à coisa que brilha e é rara. Já os índios não eram individualistas e a coisa que brilha tinha valor pelo ser brilho, dois sistemas de valoração diferentes que levavam o invasor branco, europeu, mais desenvolvido, a considerar idiotas os que adotavam o outro sistema, os índios. Pois a atração pelas coisas que brilham e são raras levava o invasor branco ter seus mais pobres participantes desta sociedade no Brasil, a se embrenharem sob o solo, como tatus, para achar coisas que brilham e assim deixarem de ser pobres. Assim se desenvolveram cidades no entorno das minas. Cidades que ficariam vazias, quando vazias ficaram as minas. O rio Doce presenciou toda esta gloriosa cena.

A riqueza mineral continua a causar riqueza. Agora é o ferro, o procurado. Não brilha, mas permite a produção de coisas de máxima importância para o homem civilizado, como os automóveis. São objetos que levariam as pessoas com rapidez nas viagens urbanas. Pois de tanto se produzir os tais automóveis, seus passageiros não devem ter mais pressa. Estão sempre engarrafados em alguma rua ou avenida entupida de automóveis. Sem brilho, eles têm grande valor pela diferenciação a que servem. Afinal quem está engarrafado num modelo de mais representatividade dos Audis se vê muito mais importante do que quem só pode comprar um Audi compacto. Este olha para o engafarrado ao lado e pensa. Nem ao menos pode comprar um Honda CRV. Teve que ficar com um FIT para dizer que tem um Honda. E assim por diante, até que se chegue ao entregador da padaria, com uma bicicleta velha.  E haja mina. E haja reservatório de dejetos da mineração. Eles, mais de cinquenta em Minas Gerais, servem para guardar eternamente o tais dejetos. E esperar que um dia sejam limpos pela rutura da parede de contenção. Pois aconteceu.

Rompeu-se uma das barragens da Samarco (Há quem diga São Marcos). E uma "cabeça d'agua" de inicialmente 15 metros de altura avançou vale abaixo. Destruiu cidades. Matou seres humanos. E matou o Rio Doce.  A lama desceu Rio Dece abaixo, transformando a água doce num caldo de lama de rejeitos de mineração. A recuperação do Rio Doce deve, segundo uns, demorar uns cem anos. Seja isto um exagero. Digamos cinquenta anos. Mas que recuperação. Certos tipos endemicos de peixe jamais voltarão. Mas que isto tem a ver com Adaptação. Tudo a ver.

A demora na recuperação do rio tem ordem de grandeza igual ao tempo para a instalação de efeitos muito fortes do Aquecimento Global. Ou seja, o rio morto vai prejudicar ações de recuperação que poderiam ter no rio um elemento de suporte. Basta ver que uma das ações de Adaptação é o fortalecimento das comunidades locais. Não se vai poder contar com o rio morto para tal. O Aquecimento castiga a ecologia. Pois castigada ela já está. Os efeitos do Aquecimento vão castigar um sistema ecológico já está castigado. Enfim, o rompimento da barrragem foi um movimento negativo de Adaptação.

Pode-se no mínimo esperar que seja a Samarco (há quem diga São Marcos) obrigada a bancar o custo da recuperação possível. Esta seria uma multa que não iria para a conta única da união, e sim seria aplicada onde houve a destruição.