sexta-feira, 17 de março de 2017

Um problema para a Adaptação: seguros e resseguros










                                                  Referência: O Estado de São Paulo, 13 de
                                                                     Março de 2017. Seção B
                                                                     (Economia), p.2.
                                                   Obs.: Trecho publicado ipsis litteris no
                                                            endereço eletrônico do link acima.


Correta está a lógica de expansão das atividades de resseguro sob a direção do CEO Bruno Freire em não investir em resseguros em áreas onde o risco de catástrofes naturais está aumentado. É uma estratégia que expressa um sinal de responsabilidade para com o seu negócio, para com os acionistas da empresa.


Assim, o Chile e as nações do Caribe ficam desabrigadas exatamente por serem as que mais necessitam de seguros. O Aquecimento Global que provoca o aumento da frequência e da intensidade de catástrofes naturais, e por conta disto, maior necessidade de seguros, provoca, por compreensivas razões, maior dificuldade na área de seguros por conta de instituições provadas no marco legal atual.

A maior dificuldade para fazer seguros torna mais difícil a recuperação dos atingidos pelos desastres naturais. Muitos dos atingidos não poderão se recuperar. Sofrem com isto os atingidos, sofre com isto o ambiente econômico social. Os vasos comunicantes dos sistemas econômicos distribui sobre todos os malefícios, embora altamente concentrados nos que não possam se recuperar.

Veja o que está acontecendo na úmida Zona da Mata do leste do que foi o grande produtor de açucar de cana na história do Brasil. Há uma Zona de Mata Norte, menos chuvosa, com média anual de 1.600 mm (63 in), e uma Zona da Mata Sul, mais chuvosa, com média anual de 1.800 mm (71 in). Pois a atual grande seca plurianual, que vem se arrastando, sendo este o quinto ano consecutivo, nos três primeiros anos produziu prejuízo de mais de 33 bilhões de dólares (33 billion dollars) em toda a área atingida.  Na Zona da Mata Sul, que desconhecia a seca com a intensidade da atual, houve uma perda na cana de açucar, de 22% do peso previsto. A perda na Mata Norte é compreensivamente maior. A atividade multicentenária, o cultivo da cana de açucar, começa a perder espaço para a criação de gado, que necessita menos água. Três gerações de plantadores nunca tinham presenciado nada igual. Cria-se um ambiente desfavorável ao investimento, com repercussões negativas sobre a capacidade de Adaptação.

Está posto o problema. É importante que ele seja reconhecido como problema. A primeira etapa na solução de um problema é reconhecê-lo como tal.

A solução é importante que haja. Várias soluções podem ser dadas, muitas vezes com diferentes aplicações mais adequadas em diferentes situações.  
 

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