quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Carros, Carrões, Mitigação, Adaptação

Reduzir o consumo energético de uma frota de veículos é, sem dúvida, uma medida de mitigação, pois vai reduzir a emissão de dióxido de carbono.

É certo, sim, para os veiculos movidos a combustíveis fósseis.

É certo, sim, para os veículos elétricos cujas baterias sejam recarregadas com energia elétrica obtida com o uso de combustíveis fósseis (eles apenas deixam de poluir as cidades por onde se movem).

Pois, para os veículos movidos direta ou indiretamente por combustíveis fósseis (os elétricos, do parágrafo acima), esta medida direta de mitigação é também uma medida indireta de Adptação às Mudanças Climáticas/Aquecimento Global.

É uma medida indireta de Adaptação quando a redução de consumo energético for obtida conjuntamente com uma redução do custo total de implantação e operação da frota. Porque redução de custo significa recursos adicionais disponíveis para o enfrentamento de adversidades econômicas. E o aumento da ocorrência de eventos extremos que está ocorrendo e é prometido com mais frequência com o aprofundamento das Mudanças Climáticas/Aquecimento Global, traz como resultado indireto um aumento dos custos para a sociedade manter um determinado padrão de vida (nas condições de tudo o mais igual, é claro).  Recursos adicionais disponíveis são, então, necesários para manter o padrão de vida de uma sociedade face às Mudanças Climáticas/Aquecimento Global. Recursos adicionais disponíveis significa um aumento de resiliência da sociedade. São, portanto, uma medida de Adaptação.

Veja bem, todavia, para os veículos, quando movidos a álcool, não há, como aproximação, emissão líquida de dióxido de carbono, pois o volume emitido é usado pela biomassa para reproduzir o combustível usado.

Neste caso, para os veículos movidos a álcool, a redução do consumo energético não é uma medida de mitigação. Eles simplesmente já têm emissão nula. A redução de consumo energético, neste caso, é pura medida de Adaptação.

Os consumo dos veículos, de carros a carrões, é analisado, no Brasil, pelo INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA, o qual torna pública o resultado das provas que, de forma padronizada, mede o consumo, construindo a


Nela se encontram 
- Emissões no Escapamento;
- Quilometragem por Litro; e
- Consumo Energético

Acessando a tabela o leitor pode ter uma boa ideia de como está contribuindo para mitigação, se estiver usando um modelo de baixa emissão. 

A aquisição de um veículo, pode ser antecipada por uma olhada nesta tabela. Ajuda decisões racionais, quanto a custo, e racionais, quanto a, como cidadão do mundo, que cada decisor é, uma minimização da emissão que o uso do veículo vai proporcionar.

Faça bom uso!


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Frutas nativas do semiárido: de testemunhos da fome a iguarias na mesa



O semiárido do nordeste brasileiro corresponde a 10% da área do Brasil. É equivalente à área terrestre do Paquistão. Apesar de pouco pródigo para a sustentabilidade humana, esse semiárido tem densidade populacional 35% maior do que a média nacional. A população excede o suporte que a área pode lhe dar. Tem perspectiva de ir se tornando mais árido com o caminhar do processo das mudanças climáticas. Uma perspectiva, portanto, de só poder dar suporte a uma ainda menor população.

Nesta imensa região o consumo das frutas nativas é associado aos penosos longos períodos de estiagem, quando se tornam uma das poucas alternativas alimentares disponíveis.

São reais testemunhas da fome as frutas nativas do semiárido.

O consumo das frutas nativas, como as do cardeiro (Cereus jamacaru), do xique-xique (Pilosocereus gounellei) e da cumbeba (Opuntia inamoena) simboliza uma situação de extrema penúria, agravada pelo fato das plantas nativas também serem empregadas como fontes de alimentação animal.

A percepção depreciativa socialmente construída em torno do uso alimentício dessas plantas é agravada ainda mais pelos programas governamentais de ajuda humanitária que sempre atuaram em momentos de crise alimentar no semi-árido distribuindo cestas básicas compostas por produtos vindos do Sul do país. Esses programas,  portanto, além de não enfrentarem de forma estrutural as causas que conduzem à vulnerabilidade alimentar na região, induzem o desenvolvimento de um padrão de consumo baseado em alimentos que não são produzíveis localmente de forma minimamente eficiente. Tal processo leva a uma gradativa perda do valor socialmente atribuído dos conhecimentos associados à vegetação do semiárido e, por consequência a uma gradativa perda desses próprios conhecimentos, em particular do potencial alimentício de suas espécies frutíferas. Em parte por isto, que reduz a níveis desprezíveis o valor econômico destas espécies, a menos de episódios isolados de atenção científico-tecnológica, estas plantas não são objeto de estudo sistemático orientando seus usos, nem seus cultivos.

A participação cidadã, por meio de grupos de pessoas e de entidades, que a internet abre margem com as redes que vão se instalando começa a mudar este quadro tão desfavorável ao semiárido. O semiárido começa, por meio destes grupos e da pressão que exercem sobre os governos, a receber um tratamento mais próprio às mudanças estruturais necessárias ao enfrentamento das mudanças climáticas.

Com exemplo da participação cidadã na direção destas mudanças, um grupo de agricultores, agricultoras e lideranças do Pólo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema realizou um diagnóstico, Assessorado pela AS-PTA e pela Associação de Plantas do Nordeste (APNE), a fim de resgatar e valorizar o conhecimento sobre o uso das frutas nativas. na alimentação das famílias, bem como identificar técnicas e estratégias de manejo, beneficiamento e comercialização de frutas ainda presentes no cotidiano das comunidades.

Um resultado deste esforço está publicado em Frutas nativas do semiárido: de testemunhos da fome a iguarias na mesa

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Cupins: Adaptação e um silencioso inimigo urbano


Cupins são destrutivos. Esta é uma afirmação encontrada nas enciclopédas. Cupins são relacionados às Mudanças Climáticas. Esta não é uma afirmação esperada por um leitor. Na verdade cupins são contribuidores aos ecosistemas. Evitam que os ecosistemas produzam mais metano, consumindo matéria orgânica que iria produzir este gás, altamente contribuidor ao Aquecimento Global. Mas uma coisa é o cupim na natureza, outra é a sua relação com ambientes construidos.

Cupins são muito diversos quanto às espécies. Só nos ecossistemas brasileiros há mais de 300 espécies nativas. Mas em todos os continentes há sempre espécies nativas, que migraram de outros ecossistemas. São considerados insetos negativos, mas poucos imaginam que devam ser levados em consideração quando se fala de Adaptação às Mudanças Climáticas.

Todos os indivíduos da espécie homo sapiens, pelo menos os de mediana para maior experiência de vida, conhecem os estragos causados pelos cupins. Os mais jovens podem ainda não terem tido tempo de se depararem com experiências desagradáveis produzidas por cupins. Mas entre eles a inexperiência traz alguns a se comportarem expondo a condições extremas os veículos que lhes caem às mãos. Aceleram ao máximo, chegam ao limite de estabilidade em curvas, testam o sistema de suspensão em caminhos acidentados, massacram, enfim, os veículos. Em pouco tempo o automóvel ou caminhonete que esteja sob suas direções se apresenta com folgas em seus sistemas de transmissão, suspensão e direção, ou seja, semi-destroçado. Dizem, na linguajar popular de algumas regiões brasileiras, que são "cupins de aço". Dentre os jovens, os que não conhecem os verdadeiros cupins podem ser verdadeiros cupins de aço, destruindo veículos de forma quase análoga ao que os cupins fazem com objetos de madeira. Pela analogia com os cupins, os jovens, cupins de aço ou não, passam a saber o significado de cupim.

Cupins sempre existiram, ou seja, estão na Terra a muito mais tempo do que os homens. Mas a relação entre cupins e homens não tem que permanecer idêntica à que hoje vivenciamos. O clima está mudando e enquanto o clima vai mudando e a temperatura aumenta até um certo ponto e enquanto a umidade média de áreas úmidas costeiras continua, ou até aumenta com o aumento das precipitações nessas áreas, os cupins podem se tornar maiores vilões de custos diretos para os humanos e indiretos para toda a natureza. Podem aumentar, em muitas áreas territoriais, sua velocidade de ataque às madeiras e, de um forma geral, aos bens contendo celulose, tais como livros e tecidos.

A questão da relação entre homens e cupins pode ser olhada não só pelos ataques diretos dos cupins a bens construídos pelos homens e suas máquinas, que lhes são caros, mas também pela relação indireta, cupins - meio ambiente e meio ambiente-homens. Eles, os cupins são contribuintes ao agravamento e aceleramento das mudanças climáticas, por serem relativamente grandes produtores de metano, um motivo para serem combatidos. Produzem o terrível metano, cuja molécula é vinte vezes mais aquecedora do que a molécula de dióxido de carbono, enquanto digerem a celulose que usam como alimento.

Os cupins, em ambientes úmidos, aumentam sua eficiência, destrutiva, com o aumento da temperatura, até um certo nível de temperatura. O limite superior de temperatura, que começa a ser desfavorável aos cupins está um tanto mais acima da encontrada em grandes áreas equatoriais. Ou seja, ainda há espaço para aumentar a atividade dos cupins. Dados sobre duas localidades na zona costeira brasileira servem para bem ilustrar a situação favorável a uma maior atividade dos cupins.

Nas regiões costeiras do Nordeste do Brasil a variação diária de temperatura é pequena devido ao efeito atenuador do oceano. Embora estejam em região equatorial as temperaturas, enquanto aumentam com o processo de Mudanças Climáticas, vão se tornando mais favoráveis aos cupins. Vejamos. A primeira sede do então governo invasor português (do ponto de vista dos habitantes natos), Salvador, foi escolhida não só pela baía que fonecia bom ancoradouro. Estava também mais ou menos na metade do comprimento, no sentido norte-sul, da costa da terra conquistada. Fica a 12° 58' de latitude Sul. A temperatura média anual é 25,2°C.

Já bem perto da linha equatorial, de onde partiam os vôos norteamericanos para a África, na II Guerra Mundial, está Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. O limite mais ao norte e mais ao leste, que permitia, no limite, vôos cruzando o Atlântico, com os aviões da época, com 5° 48' de latitude Sul. Tem temperatura média anual é de 26 °C. São temperaturas abaixo dos 27 °C anuais médios de áreas na África onde cupins celebram as condições favoráveis construindo gigantes montes sobre a terra. Abaixo, também, dos 28 °C anuais médios da Amazônia, onde os cupins grassam, controlados por predadores que não se encontram nas áreas urbanas.

Na vasta área costeira, de onde interessou aos portugueses instalar o seu governo, por estar no meio de suas novas terras, até onde interessou aos norteamericanos instalar uma base para voar para a África, por estar próximo à linha equatorial, os cupins têm a umidade que precisam e têm uma situação de aumento do metabolismo com o aumento da temperatura durante muitas décadas à frente (até que se chegue, pelo processo de Aquecimento global, a uma temperatura tão mais alta que comece a lhes ser desfavorável). É bom que se tenha maior cuidado com os cupins. No que diz respeito ao futuro este cuidado representa uma escolha no plantio de árvores urbanas preferindo espécies menos vulneráveis aos cupins.

A consequência de ventos mais fortes que vão sendo trazidos pelas mudanças climáticas leva,  por si, a um maior cuidado para com o efeito dos cupins sobre as árvores. Principalmente em áreas urbanas, onde a queda das árvores, muitas vezes enfraquecida pelo ataque de cupins, pode causar grandes danos, inclusive danos pessoais, com ferimento e morte de pessoas.

Acrescente-se a esses cuidados, os adicionais que devem ser tomados por conta de possível aumento das condições favoráveis aos cupins, causando maiores e mais frequentes infestações em árvores. Trata-se, então, de aumentar, na distribuição de árvores urbanas, a frequência de árvores de maior resistência a cupins, ou que não sejam objeto de infestação. Esta é uma ação que rebaixa custos materiais e humanos ao longo das próximas décadas.

Note-se que não é tão evidente a infestação por cupins, principalmente em árvores infestadas por plantas parasitas, cujos ramos podem ser confundidos com caminhos de cupins. A velocidade com que as ações humanas tem de ser desenvolvidas, neste mundo de cobranças competitivas, muitas vezes não permite pleno exito em observações que, para maior correção, exigiriam mais tempo do que o disponível. Talvez seja o caso de uma árvore, numa área de clima úmido, com temperatura média anual no entorno de 25 °C e latitude no entorno de 8° Sul, diagnosticada como não atacada por cupins e que vai exposta em http://goo.gl/l0y0sc  Pode-se, pelas fotos apresentadas, apreciar os caminhos dos cupins, em muitos deles sinceramente confundíveis com corpos de plantas parasitas. Em que pese a favorável condição de local com umidade adequada para a árvore, ela conta ainda, contra ela, pelas folhas mostradas no conjuto de fotos, com ataque por colônias de insetos tipo cochonilha. Com cupins, plantas parasitas e cochonilhas não tem um futuro de árvore sadia. São situações como estas que devem ser evitadas se queremos uma boa Adaptação às Mudanças Climáticas.

É bom que tenhamos em mente a preparação das áreas urbanas para uma situação menos favorável aos cupins. Envolve tal preparação maior cuidado na seleção de espécies mais resistente, que devem ser plantadas. Envolve maior cuidado com a avaliação de árvores existentes, tendo em vista sua substituição antes que se tornem perigosas pela sua fragilidde e pela condição de propalarem cupins..






http://www2.ib.unicamp.br/profs/eco_aplicada/revistas/be300_vol2_5.pdf

COEXISTência

Luzes de Natal e Ano Novo são comuns no Ocidente. Algumas formam imagens deslumbrantes. Houve uma que chamou a atenção pelo significado (No Edifício Maria Pia, Av. 17 de Agosto, 2594, Recife, Brasil). Expôs como melhor não poderia ser o sentido do Natal e do modo de procedimento para uma época feliz começando no Ano Novo. Propõe a Coexistência entre os seres humanos a partir das religiões associadas a Abraham, por ordem alfabética, o Cristianismo, o Islamismo e o Judaismo.


Nesta era em que o mundo entra em condições mais adversas trazidas pelos efeitos negativos das Mudanças Climáticas/Aquecimento Global, torna-se ainda mais racional  poupar esforços de ações enveredadas contra nossos semelhantes simplesmente por, embora sendo semelhantes, serem em algo diferentes. "Viver e deixar viver" torna-se ainda mais racional. As luzes de Festas de um edifício em Recife, na sua simplicidade de formas, são as mais cheias de sentido:  Coexistência é "Paz na Terra".

Esta medida de Adaptação de âmbito geral soma-se a outras recomendadas como resultado de pesquisa realizada na Fundação Joaquim Nabuco junto aos mais de 2 mil governos municipais no Norte e Nordeste do Brasil, tais como o aumento do nível de educação populacional


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Mass suicide of trees in São Paulo city, Brazil




Trees are important elements in urban Adaptation to Global Warming / Climate Change.  São Paulo, capital of the state of São Paulo, Brazil, between 29 December 2014 and 13 January 2015, became less adapted to global warming/climate changes, once over a thousand trees of the city streets fell over. It was the forecasted for the full year 2015.

Why so many trees died in so short space of time?

There are explanations interesting for comment:
 
 Suffocation of the roots under the sidewalks

Nobody changed the sidewalks of São Paulo city in any radical way. They are the way they have been in many years. If the relationship between tree roots and sidewalks are partial explanations for the forecast of one thousand trees falling down in one year, it can not be invoked to explain the reason why the number of trees that fallen down between December 29, 2014 and January 13, 2015 was, in average, 24 times higher than the forecasted for one entire year.


 Pruning poorly done

As far as it is known the municipal authority of São Paulo city has not changed the practical of pruning the street trees in any radical way. They are pruned the same way they have been in many years. As in the case of the relationship between the sidewalks and the trees roots, if the method of pruning is partial explanation for the forecast of one thousand trees falling down in one year, it can not be invoked to explain the reason why the number of trees that fallen down between December 29, 2014 and January 13, 2015 was, in average, 24 times higher than the forecasted for one entire year.

There is an explanation that sounds rational, or there was a mass suicide of trees.

To search for an explanation for this change one must  look for something that have changed in these two weeks of high falling of trees. As a matter of fact, there were three great storms that hit the city along these two weeks, namely December 29 (2014), January 7 and January 12 (2015) . They brought winds far higher than usual. Winds up to 85 km/h and gusts up to 100 km/h.  As a pattern for this city, gusts of just 60 km/h were remarkable: I'm not saying that it was only the wind, but it sure is something going on in town, and the wind is the only thing that is standing out, that knocked down in 12, 13 days what was forecasted for half a year", said Secretary Ricardo Teixeira, of the Coordination of subdistricts.

If the higher winds are rejected as an explanation, another one may be raised. But should be based on other variable with changed behaviour  for these two weeks of massive lost of trees. One may think about as a mass suicide of trees. But, to advances on this one should propose and wait the development of of a new science: the Vegetable Psycology.

Better be rational, and pay attention to the changes that should be adopted in the way the urban trees are chosen and treated, taking consideration the changes forecasted for the wind speed in the extreme events while the climate changes are deepened.

It seems very important to take in consideration that besides the joke about the suicide of trees, all the reasons raised for the massive fall of trees that occurred in São Paulo city this year are relevance:

- the suffocation of the roots under the sidewalks;

- the way pruning is done; and

- the greater speeds of the winds.

The two firsts explanations taken together and the third one work like the upper and the lower blades of a scissor. What cuts the piece of paper, the upper or the lower blade. Of course both.

The clue for Adaptation to Global Warming / Climate Change seems to be in changing the methods of pruning. Lets see why.

As is in general stated: Reasons to prune plants include deadwood removal, shaping (by controlling or directing growth), improving or maintaining health, reducing risk from falling branches, preparing nursery specimens for transplanting, and both harvesting and increasing the yield or quality of flowers and fruits.

We see "reducing risk from falling branches" as a reason for pruning. As we observed falling trees because of higher speed winds, not only branches, let us include, why not, another reason: "reducing risk of falling trees". This objective could be achieved by shaping, but should be considered separated from just "shaping" because even being some type of shaping, it is a new and fundamental reason for pruning.

It is known that the force parallel to the soil forcing a tree to fall, given the wind speed, is function of the volume of the  tree canopy.  By reducing the volume of the tree canopy one decreases the risk of falling a tree. But nature has its own laws. There are limits to decrease the canopy of a tree already grown, as we find them in secular established cities. If a tree canopy became too little in comparison with the roots it already have developed, a part of them may become rotten, favouring the fall of the tree.

On the other side, the risk of falling a given tree for each volume of its canopy, may be reduced also by decreasing the average heigh of the canopy.

So, may be there is room for increase the resistance to the wind by changing adequately the method of pruning. In doing so, one should consider two different situations. One is when a city is expanding its area, and the streets may be planned taking in consideration the better pruning that satisfy the needs of the roots of the trees. Another is when the street and its side walks are already established. In both these different situations the risk of falling should be extremely low.