quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O Norte: efeitos de eventos extremos



Os efeitos de eventuais precipitações extremas, como parte de eventos extremos, foram objeto de consideração dos pesquisadores agropecuários do Norte e Nordeste brasileiros em resposta a uma pergunta live sobre as mudanças observadas no clima, atribuíveis ao Aquecimento Global. Abaixo respostas que representam o pensamento expresso sobre a Região Norte pela maioria dos pesquisadores agropecuários desta região:
O clima vem ao longo dos últimos anos sofrendo modificações no Norte do Brasil, provocando cheias e secas cada vez mais frequentes, e com maior intensidade, tendo como consequência prejuízos materiais, humanos e econômicos para a região. Há aumento de intensidade de chuvas na estação chuvosa e de secas mais intensas na estação de estiagem, ou seja, os eventos de chuva e estiagem se apresentam cada vez mais intensos e a chuva concentrada em determinados meses. A imprevisibilidade de grande eventos climáticos está maior. Eventos de grandes cheias e grandes estiagens se apresentam em intervalos cada vez mais curtos;

as áreas da calha do rio amazonas serão as mais impactadas com aumento da temperatura e precipitação pluvial;

as chuvas extremas produzem recuo de margem de rios, prejudicando a moradia em cidades e comunidades rurais;
Uma consequência do recuo de margem dos rios são

                                     mudanças de locais das cidades ribeirinhas, causando prejuízos
                                     enormes em função deslocamento e perda de patrimônio material e 
                                     cultural.

  As mudanças no clima causam efeitos sobre toda a natureza da região. Há

                                    impactos na biodiversidade;

                                    O excesso de chuvas no Norte pode influenciar diretamente a produção
                                   de muitas plantas que necessitam de stress hídrico para floração e 
                                   produção. A alta umidade favorece maior incidência de doenças,
                                   principalmente as fúngicas; 

                                   as condições climáticas tem reflexo direto sobre a fenologia das plantas e
                                   incidência de pragas e doenças. 

As grandes secas, por sua vez, desidratam as folhas, tornando-as material de fácil combustão. As próprias árvoresque vão nascendo têm seus caules e galhos menores, especialmente estes, mais secos, tornando-se menos resistentes à propagação do fogo. Enfim, há

                                    risco de incêndios florestais devido ao ar mais seco e quente;

e, na parte leste da Região  Norte, com a contínua predominãncia de secas, há o

                                   risco da floresta ser substituída por outro tipo de vegetação (tipo
                                   cerrado);

Na imensa floresta úmida é difícil a construção de estradas entre vilas e entre cidades.  É praticamente impossível em grande parte dos casos. Muitas vezes estradas, além da grande dificuldade para a construção e do alto custo de implantação e manutenção, são desaconselháveis ppr conta  graves problemas ecológicos que trariam. A navegação é insubstituível para a grande maioria da população dispersa em vilarejos. As grandes secas, como tem ocorrido ultimamente,  levam os rios a baixarem seus níveis, inviabilizando a navegação em partes de seus cursos.

                                    A região norte enfrentará períodos de chuva mais escassos, com chuvas
                                    concentradas em poucos meses do ano. Ao contrario do padrão que se
                                    tinha do período chuvoso indo de dezembro a junho. Os períodos de
                                    verão serão mais quentes com uma consequente escassez de água
                                    potável e para navegação nos rios e igarapés;

                                    baixos níveis dos rios amazônicos podem afetar o transporte. 


As mudanças na umidade atmosférica correspondendo a



períodos mais prolongados de seca e de chuvas cada vez mais concentradas com diminuição do número de dias com chuva. Secas mais intensas, mais frequentes e mais prolongadas, invadindo a época de chuvas, intercaladas por chuvas torrenciais pontuais causam assoreamento de rios, dificultando a navegação. Pode-se chegar ao ponto de presenciar enchentes do rio Amazonas e seus afluentes sem condições de escoar a água da cheia anterior. Seca afetando a agricultura implicando necessidade de irrigação;
A mudança do clima com imensas cheias e de fortes secas contribui a

impactos no transporte de umidade atmosférica para as regiões Sul e Sudeste, com conseqüências para a agricultura e geração de energia hidroelétrica, principalmente na Região Norte.
Por último, um alerta:
                                                                 
continuando os atuais índices de desmatamento a Amazônia, logo aumentarão os efeitos nocivos do Aquecimento Global na Amazônia (aumentos de temperatura, quebra do ciclo da água e redução da pluviosidade, desertificação). 






















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