sábado, 9 de janeiro de 2016

Mudanças no clima do semiárido

(Abaixo, em negrito, colocações de pesquisadores em resposta a pergunta aberta no questionário da pesquisa. Dados sobre a pesquisa que gerou a informação aabixo são encontrados na postagem de 11/27/2015, Seria fictício o Aquecimento Global? )



Temperatura e precipitação em uma localidade ou região são as variáveis mais conspícuas do clima. Outras variáveis como a pressão atmosférica, a velocidade e direção dos ventos, umidade relativa do ar, são outras variáveis, que também têm importância. Isto inclui variáveis atinentes ao clima, como considerações sobre os desvios em relação às médias, variabilidade, condições extremas e freqüências de eventos que ocorrem em determinada condição do tempo. O clima é importante em micro e macro escalas. O clima no Semiárido brasileiro e na Amazônia está mudando e as observações sobre as mudanças, pouco perceptíveis que sejam, ensejam exposições prospectivas.

 

Assim, o clima, de forma geral, é visto, a partir do já observado pelos pesquisadores agropecuários do Norte e Nordeste brasileiros, como:

                          mais quente e seco, seguindo uma tendência geológica
                          acentuada pelos distúrbios antrópicos.

Como resultado há:

                         alteração da umidade do ar no Norte/Nordeste,

com consequências diretas e indiretas sobre as plantas e com consequências, em geral indiretas, sobre os animais e o Homem.

Há também o
                         diminuição da produtividade média das culturas agrícolas e
                          explorações pecuárias,
                        
tendo como consequência o

                        
                         risco de culturas serem deslocadas para outros regimes  
                         climáticos e até pluviométricos,


ou seja, de
                 
                         mudanças na vocação agrícola,

com o

                         risco de desaparecimento de culturas,


quando as condições específicas que vigoram onde hoje vicejam as plantas não são encontradas de forma satisfatória onde o novo clima reproduz, de certa forma, o que era vigorante nos locais onde hoje há cultivos economicamente viáveis;

                        perdas de safras;

                       
com perdas econômicas para os que vivem das atividades agropecuárias, levando à diminuição da atividade econômica, pois passam a ser desprezadas áreas que passam a ser consideradas não agricultáveis;

                       diminuição da capacidade de suporte de propriedades rurais, para
                        seres humanos e animais de criação; e
                       abandono de áreas que vão deixando de ser agricultáveis.

Embora pareça uma mudança apenas na natureza, há


                       mudanças na composição da fauna, na composição florística, na
                       estrutura e no  funcionamento da vegetação,

com implicações, em geral negativas, sobre a produtividade da agricultura.


O redução das chuvas provocará o aumento da hoje já notada falta da água nos mananciais que abastecem as populações de água potável, aumentando a concentração de defensivos agrícolas e de outras substâncias tóxicas, colocado por um pesquisador agropecuário como

                      falta de água nos reservatórios e seca dos rios. Deverá
                      provocar  o  uso de maior quantidade de produtos químicos, para 
                      tratamento da agua potável.

As diferentes condições de clima e umidade do solo trazem a                         
             
                      incidência de novas pragas.


Microclimas são, em geral, resultado de elevações orográficas. Apresentam menor temperatura média e padrão de precipitação mais favorável, em geral, `a atividade agropecuária. O clima diferenciado representa uma grande contribuição à diversidade alimentar das populações do semiárido. A mudança climaica geral está apresentando e vai apresentar com mais força

                       alterações de microclimas;

Aumentam as consequências de uso da terra nos processos agrícolas:
                      
                      as mudanças de uso da terra inadequadas às condições de
                      sustentabilidade dessas regiões (Norte e Nordeste do

                      Brasil) podem  aumentar a vulnerabilidade aos efeitos
                      da mudança global do clima;

                      a ocupação e uso sem regulamentação adequada de áreas
                      vulneráveis vem contribuindo diretamente para o cenário
                      perda de condições para utilização agropecuária. 

Como forma de minimizar os efeitos negativos das mudanças climáticas sobre a atividade produtiva agropecuária nas regiões semiáridas, o que inclui o semiárido brasileiro,

                      é inequívoca a necessidade de se dar continuidade às pesquisas   
                      em curso dentro da linha estratégica de ação Adaptação.

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