A
mandioca é uma planta
originária
do continente americano. Presente, de forma geral, na alimentação
dos índios brasileiros e por eles cultivada, é base alimentar de
várias tribos (OTSUBO,
2002;
VAINSENCHER,
2009). Está presente na mesa dos habitantes do semiárido brasileiro, na forma de farinha e na forma de amido, na mesa dos brasileira, de forma geral.
É um instrumento de adaptação ao aquecimento global. Como visto, em muitas regiões, especialmente nas regiões equatoriais, o aquecimento global, além do aumento da temperatura, pode trazer muitas secas. Então, como adaptação às alterações climáticas é necessário culturas com bom desempenho em condições adversas de aridez. A mandioca é uma dessas culturas. Vem sendoampliada sua resistência à seca (FUKUDA et al., 2006).
É um instrumento de adaptação ao aquecimento global. Como visto, em muitas regiões, especialmente nas regiões equatoriais, o aquecimento global, além do aumento da temperatura, pode trazer muitas secas. Então, como adaptação às alterações climáticas é necessário culturas com bom desempenho em condições adversas de aridez. A mandioca é uma dessas culturas. Vem sendoampliada sua resistência à seca (FUKUDA et al., 2006).
O
cultivo da mandioca é uma forma de adaptação às alterações
climáticas, analisado, com mérito acadêmico por Jarvis
e outros (2011),
em trabalho publicado na revista Tropical
Plant Biology,
de livre acesso, sob significativo título “Is Cassava the Answer
to African Climate Change Adaptation?”, com resposta afirmativa
como conclusão do trabalho. A aceitação desta afirmativa traria a
solução, do ponto de vista de segurança alimentar aos que vivem no
Polígono da Seca. Mas,
seria a mandioca “a” resposta ou apenas “uma” resposta à
adaptação climática equatorial, o que levaria à continuação da
busca pela solução da Adaptação Agropastoril dos Sertões ao
Aquecimento Global.
Veja-se o que diz a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária – Embrapa sobre o cultivo da mandioca:
Para evitar ou reduzir o
esgotamento dos nutrientes do solo, deve-se proceder a rotação da
mandioca com outras culturas, principalmente com leguminosas, como
também, quando a mandioca for plantada no sistema de fileiras
duplas, utilizar a prática de consórcio com culturas adequadamente
como feijão, milho, amendoim etc., pois dessa forma ocorrerá uma
melhor cobertura do solo. (SOUZA;
FIALHO, 2012).
A recomendação da Embrapa, relativa
à rotação com outras culturas, tendo sua visão fundamentada no
conhecimento científico e na experiência dos campos de prova
(EMBRAPA,
2012),
orientados pela alta formação técnica, restringe a contribuição
da mandioca, a qual exige outros cultivos também adaptados, para que
ela seja eficiente e possa, assim, ser uma solução. Tal ponto de
vista pode ser contraposto à experiência do quotidiano dos
produtores, onde o conhecimento empírico parcialmente substitui o
rigoroso conhecimento técnico-científico. É interessante, então,
ouvir a experiência prática dos produtores. Pois dizem:
Não é recomendável
repetir o plantio da mandioca na mesma gleba em que ela tenha sido
cultivada no ano anterior, mas, sim, deve-se plantá-la após outra
cultura, como milho, algodão, arroz, soja ou leguminosas plantadas
como adubo verde. Para isso, será traçado um programa que se adapte
às condições da fazenda e às possibilidades do mercado.
Uma das principais
vantagens do plantio em rotação de culturas é possibilitar melhor
controle das moléstias e pragas não comuns às plantações que se
sucedem.” (CRIAR,
2012)
Portanto, a resposta à pergunta "É
a mandioca “a” resposta ou “uma” resposta para adaptação às
alterações climáticas?" pelo que dizem a pesquisa e a prática
agrícola no Brasil, é que a mandioca é “uma” resposta para
adaptação às alterações climáticas em áreas semiáridas. Não
é “a” resposta, desde a ótica da produção agrícola, porque
deve ser alternada com outras culturas para manter a produtividade do
cultivo. Estas culturas usadas para a alternância, por sua vez,
devem ter produtividade que as justifiquem, nas condições de aridez
compatíveis com a cultura da mandioca, para que possam servir de
culturas rotativas. Não é o cultivo da mandioca "a resposta”,
mas é “uma resposta”. Assim, pesquisa torna-se necessária para
prover culturas usadas para alternância com a mandioca, que sejam
viáveis nas condições suportadas por ela.
Processos
agroindustriais que firmam o consumo de frutos e raizes de plantas
que sobrevivem em áreas de baixa precipitação e alta temperatura
são fundamentais. Neste sentido é importante que seja ampliada a
produção já existente de geração de conhecimento de apoio a
atividades de transformação industrial desta natureza,”
(FUKUDA
et al.,
2006).
Também é importante que seja desenvolvido o mercado para estes
produtos, sem o que as tecnologias ficam nas prateleiras e não
cumprem o papel de irem voltando a agricultura na região para ser
adequada aos novos tempos que vem vindo.
Outras instâncias de convivência, veja em:
Outras instâncias de convivência, veja em:
Na região equatorial: Convivência com a Seca = Adaptação ao Aquecimento Global
De:
DIAS, Adriano; MEDEIROS, Carolina
(Consultores:
MELO,
Lúcia;
SUASSUNA,
João; TÁVORA, Luciana; WANDERLEY, Múcio)
Convivência
com a Seca e Adaptação - realidade
e pesquisa
Relatório
Parcial da Pesquisa Adaptação
ao Aquecimento Global:
uma
visão sobre a pesquisa agropecuária no Norte/Nordeste
Coordenação de Estudos em Ciência e Tecnologia - CECT/Fundação
Joaquim Nabuco www.fundaj.gov.br. Recife,
2014
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