Há varias posições que
podem ser adotadas em relação à Adaptação ao Aquecimento Global. O reconhecimento do fenômeno
Aquecimento Global e seus efeitos pode fazer centrar a atenção em
procurar se contrapor à evolução do fenômeno, em sua
intensificação, sem que atenção seja dada à
Adaptação. E quando há reconhecimento da necessidade de Adaptação,
este pode se dar com efetivas ações, em diversos níveis, ou pode o
reconhecimento parar em si próprio, gerando inserções inócuas de
alertas para a necessidade de Adaptação em meio a documentos que,
de fato, apenas tratam de Mitigação. Procurando encontrar a
resposta da propriedade e da importância da Adaptação ao
Aquecimento Global, pode-se observar as efetivas medidas tomadas por
governos
nacionais em relação a esta questão.
O tratamento da questão
da Adaptação ao Aquecimento Global nos
diversos
países representa o resultado de pressões de grupos, que é muito
variado entre países. A postura de governos decorre, de certa forma,
do resultado do embate de forças internas, parte delas atreladas aos
interesses da reprodução do capital, principalmente vista por
agentes que atuam globalmente, e parte delas atreladas a interesses
de bem estar das populações. Os que atuam globalmente centram-se na
mitigação, uma condição necessária para a garantia da
civilização humana. Ou, simplesmente aderem aos que põem em dúvida
a existência do Aquecimento Global, ou de seu efeito, as Mudanças
Climáticas.
Há muitos fatores que
contribuem para uma extremada variância na forma de tratar a
questão. O Aquecimento Global produz efeito líquido
visto como
favorável pelos situados em altas latitudes, onde o aumento médio
de temperatura favorece à produção agropecuária, sendo
bem
colocado na expressão, refletidora de
um certo grau de autoconfiança, no Canadá e nos Estados Unidos,
sobre a produção agrícola nas próximas décadas:
Canada
and the US should not have to worry
about
food security at home (INTERNATIONAL,
1997.
Soma-se tal vantagem e, em parte a constitui, o aumento do teor de
carbono na atmosfera, o principal causador antrópico do próprio
Aquecimento Global, que age sobre a fotossíntese, aumentando a sua
eficiência, colaborando, assim a um aumento da produtividade
agrícola. Outras nações, todavia, contabilizam ao Aquecimento
Global larga margem de efeitos negativos, quer na extensão plena de
seus territórios, quer em largas frações deles.
As diferentes exposições
a efeitos do Aquecimento Global têm necessariamente, por si só, que
produzir efeito sobre a posições dos países face a esta Adaptação. Veja:
Portugal em Adaptação;
A Alemanha prepara-se;
A Argentina demanda finaciamento
Perú: Adaptação considerando os saberes locais
Japão: novo arroz para um clima mais quente
França: transparência
Portugal em Adaptação;
A Alemanha prepara-se;
A Argentina demanda finaciamento
Perú: Adaptação considerando os saberes locais
Japão: novo arroz para um clima mais quente
França: transparência
O tratamento dado à questão das
medidas de Adaptação ao Aquecimento Global tem diferentes
abordagens em cada país comentado, devido aos posicionamentos
específicos dos países em relação ao Aquecimento Global e à
questão das mudanças climáticas. São pontos de concordância o
reconhecimento das mudanças climáticas e da necessidade da
adaptação.
Em relação às medidas de Adaptação,
alguns países demonstram um maior avanço na operacionalização
das medidas. Outros apresentam planos estratégicos que
ainda não saíram do papel, mas que antecipam um futuro com melhores
prognósticos devido ao planejamento, para que as medidas não sejam
apenas reativas e sim, preventivas. E há ainda os que estão cientes
da importância da Adaptação, mas ainda não têm as estratégias
formuladas oficialmente, estão ainda iniciando estudos mais
específicos sobre o tema.
As referências consideradas mostram a
questão da Adaptação ao Aquecimento Global estar sendo dada
importância, também pelo direcionamento de esforços tomados de
forma específica, própria, não misturados com mitigação. Na
verdade, misturar num documento os objetivos de mitigação e
adaptação, como se de igual prioridade fossem, termina por mascarar
a prioridade dada à mitigação e o descaso para com a, nos países
equatoriais, crucial adaptação.
[Instâncias de conhecimento produtivo em uso em convivência com a seca podem ser vistos em Na região equatorial: Convivência com a Seca = Adaptação ao Aquecimento Global]
[Instâncias de conhecimento produtivo em uso em convivência com a seca podem ser vistos em Na região equatorial: Convivência com a Seca = Adaptação ao Aquecimento Global]
De:
DIAS, Adriano; MEDEIROS, Carolina
(Consultores:
MELO,
Lúcia;
SUASSUNA,
João; TÁVORA, Luciana; WANDERLEY, Múcio)
Convivência
com a Seca e Adaptação - realidade
e pesquisa
Relatório
Parcial da Pesquisa Adaptação
ao Aquecimento Global:
uma
visão sobre a pesquisa agropecuária no Norte/Nordeste
Coordenação de Estudos em Ciência e Tecnologia - CECT/Fundação
Joaquim Nabuco www.fundaj.gov.br. Recife,
2014
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